TIM News utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para personalizar a sua experiência e publicidade e recomendar conteúdo, de acordo com a nossa Privacidade . Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Aceitar
Home
Notícias
Como os homens inventaram que 'fofoca' era coisa de mulher?
Notícias

Como os homens inventaram que 'fofoca' era coisa de mulher?

publisherLogo
Mega Curioso
23/08/2021 18h30
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/14645157/original/open-uri20210823-19-18wjd5p?1629744228
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

O termo fofoca, embora bastante conhecido no país, tem participação recente no vocabulário brasileiro. O primeiro registro oficial data de 1975, segundo Aurélio Buarque de Holanda, criador do dicionário Aurélio.

No Brasil, antes do termo fofoca utilizavam-se outras expressões, como mexerico, futrica e fuxico para referir-se ao ato de falar sobre a vida alheia. (Fonte: Pexels/Reprodução)No Brasil, antes do termo fofoca utilizavam-se outras expressões, como mexerico, futrica e fuxico para referir-se ao ato de falar sobre a vida alheia. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Se hoje o termo é visto como algo ruim, até o século XII, a palavra tinha conotação positiva. A fofoca ou gossip vem do antigo substantivo inglês godsibb. No inglês, a expressão tinha ideia de que era alguém a quem você poderia contar qualquer coisa, um amigo próximo. 

Na época medieval, o nascimento de uma criança era como um grande evento social. Essa era uma época em que godsibbs costumavam passar horas conversando com a mãe para fornecer apoio moral durante o parto. 

A partir daí os homens começaram a associar a fofoca às mulheres. Do século XVII em diante o significado da palavra mudou, sendo atrelado a quem fazia conversa fiada e partilha de segredos. Mas como essa mudança ocorreu?

Mas fofoca é coisa de mulher?

Inicialmente, a fofoca era uma forma de criar laços, um meio de comunicação, mas logo depois passou a ser algo pejorativo. Mas o que mudou? No final da Idade Média, as pessoas organizavam reuniões para conversar. Lá discutia-se sobre todos os assuntos, desde relacionamentos até questões políticas. 

Com o tempo, as mulheres passaram a fazer muitas reuniões e esses grupos começaram a se multiplicar e até resolver problemas sociais e disputas. Nesse momento, os homens passaram a se preocupar, estereotipando as amizades femininas como cultos às bruxas. Afinal, as mulheres poderiam dar as costas às regras sociais e alterar a sociedade. 

Estudos têm mostrado que homens e mulheres fofocam igualmente. Em média, uma pessoa gasta 52 minutos fofocando, independentemente do gênero. (Fonte: Pexels/Reprodução)Estudos têm mostrado que homens e mulheres fofocam igualmente. Em média, uma pessoa gasta 52 minutos fofocando, independentemente do gênero. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Assim, esses grupos passaram a ser algo de ódio e a fofoca se tornou algo ruim. Vale ressaltar que isso não significa que os homens não fofocavam, porém eles faziam isso de modo particular, especialmente quando se tratava de políticos e nobres. Até aquele momento as mulheres sempre se encontravam em público e não se preocupavam com olhares. 

Portanto, os homens foram inserindo na sociedade que o ato de fofocar era banal, que só mulheres o faziam, pois não trabalhavam e ninguém as levava a sério. Já os homens poderiam fofocar, pois seus motivos, teoricamente, eram importantes.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também