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Curar ressaca bebendo mais álcool funciona?
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Curar ressaca bebendo mais álcool funciona?

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Mega Curioso
20/11/2021 17h00
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Tontura, náuseas, dor de cabeça, sensibilidade à luz e fadiga são alguns dos sintomas mais comuns da temida ressaca . E, como era de se esperar, o que não faltam são supostas soluções para evitar esse problema. 

São poucas aquelas que possuem respaldo científico, na maior parte elas beiram o absurdo, incluindo a mais popular de todas: a de que beber mais álcool ajuda a aliviar os sintomas da ressaca.

(Fonte: Laura Tancredi/ Pexels/ Reprodução)(Fonte: Laura Tancredi/ Pexels/ Reprodução)

A teoria do pelo de cachorro

A teoria ou método de tratamento do pelo de cachorro diz que, se você for mordido por um cão com raiva, deve beber uma infusão com pelos do mesmo cachorro para evitar pegar a doença. Outra opção é colocar os fios diretamente na ferida.

Ninguém sabe exatamente onde ou quando essa “técnica” surgiu. Alguns dizem ser da época de Shakespeare, outros atribuem a ideia ao dramaturgo grego Aristófanes. Mas, em algum momento, alguém teve a ideia de adaptá-la à ressaca. Ou seja, se você se sentir mal no dia seguinte devido ao excesso de álcool, beba mais da mesma bebida!

(Fonte: Pexels/ Pixabay/ Reprodução)(Fonte: Pexels/ Pixabay/ Reprodução)

O problema é que fazer isso é uma péssima ideia. Ao menos, é isso que pensa o Dr. Charles Cutler, do American College of Physicians. Em entrevista para a revista Health, especializada em saúde, o médico diz que beber mais álcool após uma noite de bebedeira é a pior coisa que alguém pode fazer para lidar com a ressaca, especialmente porque se corre o risco de criar um comportamento vicioso. Ele também ressalta que fazer isso acaba atrasando a recuperação, sendo que pode levar até 48 horas para que o organismo volte ao normal. 

O consultor em psiquiatria da Mayo Clinic (EUA), Daniel K. Hall-Flavin, também discorda da teoria do pelo de cachorro. Segundo Daniel, quando a pessoa ingere mais bebida tentando aliviar os sintomas da ressaca ela até consegue obter um efeito entorpecente, mas tudo não passa de ilusão, já que ela apenas está prolongando o inevitável. Sem contar que a prática ainda pode acabar piorando sintomas como a dor de cabeça e as náuseas.

O que fazer para sofrer menos com a ressaca, então?

Deixando os mitos e receitas milagrosas de lado, existem algumas boas práticas e comportamentos  que você pode adotar para minimizar os temidos incômodos causados pela ressaca, sem prejudicar sua saúde. Confira:

(Fonte: Elevate/ Pexels/ Reprodução)(Fonte: Elevate/ Pexels/ Reprodução)

Aposte na água

A micção (descontrole da bexiga) aumenta com o álcool porque ele impede a liberação da vasopressina, um hormônio que ajuda a diminuir o volume de urina produzido pelos rins, e isso é um problema. 

Quando a ressaca chega com vômitos, sudorese e diarreia é sinal de que a pessoa está muito desidratada. Sendo assim, vale a pena beber água entre uma bebida e outra para ajudar a minimizar os efeitos negativos do álcool, assim como durante o período de ressaca. Aliás, mesmo que a vontade de vomitar atrapalhe, é preciso insistir.

Coma carboidratos

O álcool causa a queda de açúcar no organismo. Visto que o cérebro pode estar funcionando sem o seu principal combustível, as dores de cabeça tendem a ser mais intensas. Além disso, níveis baixos de açúcar no organismo aumentam a sensação de cansaço. 

Se lembrar de comer algo enquanto bebe já é de grande ajuda. Na manhã seguinte, apostar em sucos e torradas é uma maneira de equilibrar os níveis novamente.

Tome cuidado com as bebidas escuras

Bebidas claras como vodka e cachaça tendem a causar ressacas menos intensas do que licores escuros. A principal razão para isso é que as bebidas escuras, como vinho tinto e uísque, contêm compostos químicos que, quando processados pelas enzimas do organismo, acabam liberando toxinas que podem provocar uma ressaca bem mais intensa.

É, não tem jeito, como ainda não existe uma cura para a ressaca , vale aquela velha e popular dica para evitar problemas em várias situações: beba com moderação!

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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