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'Freio de bruxa': o método de torturar mulheres na Idade Média
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'Freio de bruxa': o método de torturar mulheres na Idade Média

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Mega Curioso
01/11/2021 20h00
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Uma das características pelas quais a Idade Média é lembrada é como uma época sombria em que a brutalidade e a tortura reinavam, mas, pior ainda, eram consideradas aceitáveis na maioria das circunstâncias.

Isso significa que era muito comum que as pessoas usassem vários métodos de tortura para punir, forçar e obter confissões tanto de inocentes como de culpados. A ameaça era uma ferramenta eficiente para assustar as pessoas até a submissão.

Foi na Idade Média que surgiram os pelourinhos, muito famosos durante a era da escravidão no Brasil, que era uma moldura de madeira colocada ao redor do pescoço, mãos e até pés da pessoa, imobilizando-a completamente, sendo um grande instrumento que incentivava agressão pública e vexação.

Enganam-se aqueles que acreditam que as mulheres, por algum momento, tiveram algum tipo de privilégio nos idos tempos sombrios dos bárbaros, muito pelo contrário.

A gaiola

(Fonte: History Notes/Reprodução)(Fonte: History Notes/Reprodução)

Na Idade Média, as mulheres de classe baixa costumavam ter um trabalho que ajudava a sustentar a família, apesar de em grande parte da história antiga elas não terem pertencido a um lugar significativo na composição da pirâmide social.

Elas eram proibidas de possuir terras ou propriedades e, uma vez casadas, seu trabalho principal se tornava a criação dos filhos. As mulheres ficavam subordinadas aos seus maridos como se fossem propriedades, a quem deveriam honrar e obedecer de maneira incondicional.

(Fonte: Museum of Witchcraft and Magic/Reprodução)(Fonte: Museum of Witchcraft and Magic/Reprodução)

Aquelas que resistiam a seguir esse molde social, eram brutalmente punidas e envergonhadas em praça pública. Por vezes, essa humilhação era encomendada pelo próprio marido, visando dar à sua mulher uma "lição" de "onde era seu lugar" na vida — também porque ele não podia "se dar ao luxo" de ter uma esposa "descontrolada" ao seu lado, desafiando sua masculinidade e colocando em dúvida sua autoridade como homem.

Para os crimes que incluíam importunar os maridos, perturbar a paz ou responder quando repreendidas, as mulheres foram submetidas a um dispositivo chamado "freio de bruxa", uma espécie de cabresto usado em cavalos.

A ferramenta

(Fonte: The Vintage News/Reprodução)(Fonte: The Vintage News/Reprodução)

A ferramenta do século XVII tinha como objetivo humilhar a mulher em vez de causar dor, ainda que não fosse em nada confortável para quem a usava. A estrutura de ferro envolvia a cabeça da mulher, por vezes com o adicional de uma máscara que cobria todo seu rosto, com um pedaço de metal conhecido como bridle-bit estendido entre os lábios, pressionando a língua e impedido a mulher de falar.

No século XVI, o acessório de tortura foi usado, principalmente, na Escócia para torturar mulheres acusadas de bruxaria — por isso ganhou o infame nome. No entanto, esse modelo usado, em vez de ter uma única peça de metal segurando a língua, tinha pontas afiadas que entravam na boca e perfuravam a língua e as bochechas da mulher.

Durante a Idade Média, o freio de repressão foi usado durante os métodos de humilhação pública quando as mulheres foram amarradas nos banquinhos de picar, chamados cucking stool: cadeiras que eram abaixadas em lagos para aterrorizar as mulheres com a sensação de afogamento.

(Fonte: Medieval Chronicles/Reprodução)(Fonte: Medieval Chronicles/Reprodução)

Durante a prática, os transeuntes poderiam gritar, insultar ou arremessar coisas na mulher "desordeira" presa na cadeira. Por incrível que pareça, o freio de repressão foi usado, ainda que com menos frequência, até o final do século XIX, normalmente em mulheres viúvas, solteiras ou mais velhas. Isso porque elas eram consideradas uma "ameaça à posição moral e social de uma cidade".

A Era Vitoriana foi a responsável por abolir o dispositivo bárbaro e antiquado, devido a uma visão mais "moderada" em relação a como uma mulher deveria ser punida.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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