Genética pode trazer mamutes de volta à vida em 6 anos
Mega Curioso
Uma startup anunciou nesta última segunda-feira (13) o investimento de US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 78 milhões, em conversão direta) para trazer os mamutes de volta à vida. A técnica de ressurreição utilizaria o sistema CRISPR, ou seja, Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas, para editar os genomas de elefantes asiáticos e criar indivíduos híbridos.
A missão de recuperação do animal extinto faz parte dos planos do geneticista George Church e do empresário Ben Lamm, ex-CEO da Hypergiant, que se juntaram para propor uma estratégia capaz de reviver uma criatura semelhante ao mamute-lanoso, porém mais próximo de um híbrido elefante-mamute. Para isso, a dupla contou com o patrocínio de quase quinze empresas das mais diversas áreas, incluindo cientistas de clima, investidores de mercado, associações de proteção animal e mais.
(Fonte: Oceanwide / Reprodução)
"Nosso objetivo não é apenas trazer de volta um mamute, isso é uma façanha por si própria", diz Ben Lamm. "É para a bem sucedida 'refaunação' de mamutes. Se você pegar esse kit de ferramentas, você tem todo o necessário à sua disposição para evitar a extinção ou para trazer de volta espécies criticamente ameaçadas". Além dessa ideia de repopulação, a empresa argumenta que busca combater os efeitos das mudanças climáticas através da recuperação do ecossistema, pois a presença dos animais no Ártico poderia desacelerar o derretimento do permafrost.
O primeiro filhote em poucos anos
Church, que criou o primeiro método de sequenciamento genético na década de 1980, lidera os esforços no Instituto Wyss, em Harvard, e confirma que o procedimento com CRISPR acaba de entrar na fase de testes em humanos. As próximas etapas do projeto visam a extração de genes de mamutes congelados para continuar o processo de adição de amostras em elefantes asiáticos, visto que pouco mais de 45 fragmentos de DNA já foram trabalhados com sucesso. Nesse ritmo, os cientistas esperam ter seu primeiro filhote completamente formado em quatro a seis anos.
Ao mesmo tempo que a prática é vista com otimismo, personalidades acadêmicas criticam a iniciativa da Colossal, afirmando que a reintrodução da espécie não deverá resolver os problemas envolvendo a condução humana e que uma criatura recém-nascida pode até gerar novos problemas ambientais, como doenças, migração de espécies existentes e alteração da paisagem real.