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Giuseppe Greco: o serial killer mais brutal da máfia italiana
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Giuseppe Greco: o serial killer mais brutal da máfia italiana

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Mega Curioso
21/09/2021 20h00
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No final dos anos 1970, o clã Corleonesi, uma família proveniente da famosa cidade siciliana de Corleone, liderado pelo tenente Salvatore Riina, foi responsável por um extermínio em massa de seus grupos rivais com alguns registros históricos incluindo a contagem de mais de mil corpos espalhados pelos territórios da Sicília, Lazio e Lombardia. E um dos maiores responsáveis por essa onda de assassinatos foi o agente Giuseppe Greco, considerado uma espécie de "serial killer" italiano que vitimou cerca de 300 pessoas em pouco menos de cinco anos.

Nascido em 1952 na pequena cidade de Ciaculli, Greco era filho de um mafioso apelidado "Scarpa" ("sapato", em tradução do italiano), e, por isso, logo passou a ser conhecido carinhosamente como "Scarpuzzedda", um termo que significa "sapatinho". Pouco se sabe sobre a infância de Giuseppe Greco, mas fontes históricas indicam que era um jovem habilidoso no latim e grego, sendo considerado por muitos uma criança prodígio.

(Fonte: Wikipedia / Reprodução)(Fonte: Wikipedia / Reprodução)

O primeiro contato de Giuseppe Greco com a máfia ocorreu em 1979, quando foi convidado a juntar-se a seu tio Michele na "Comissão da Máfia Siciliana". O que era para ser um negócio de família, então, tornou-se uma oportunidade para que Pino Greco — como Giuseppe era conhecido por colegas — adquirisse influência e fizesse amizade com políticos e gângsteres, mantendo um perfil discreto que destacou os Grecos e possibilitou a escalada dos membros na organização criminosa.

A Guerra das Máfias

Entre 1981 e 1983, Salvatore "Toto" Riina, que passou a controlar o clã Corleonesi após ser declarado como fugitivo — por estar ligado ao assassinato de um procurador-geral da Sicília e ao sequestro de Antonino Caruso, filho do industrial Giacomo Caruso —, declarou guerra contra seus principais rivais da máfia de Palermo: Stefano Bontade, Salvatore Inzerillo e Tano Badalamenti.

Para isso, a Comissão da Máfia criou uma espécie de Esquadrão da Morte liderado por ninguém menos que Giuseppe Greco. Ao lado de sua AK-47 e dos aliados Giuseppe Lucchese, Mario Prestifilippo e Giuseppe Marchese, o serial killer italiano assassinou cerca de 300 pessoas, com uma média de cinco assassinatos por dia e o uso de métodos de mutilação e tortura.

(Fonte: Catawiki / Reprodução)(Fonte: Catawiki / Reprodução)

Entre as eliminações mais notórias realizadas por Giuseppe Greco, chama atenção o assassinato de Salvatore Inzerillo e de seu filho, que na época tinha apenas 15 anos. Rumores apontam que o líder do Esquadrão da Morte cortou o braço do garoto logo antes de atirar em sua cabeça, posteriormente dissolvendo os restos em ácido e desovando-os em um barril. Além disso, seus assassinatos faziam referência aos "paredões de guerra", quando capturados eram colocados na frente de muros para receberem uma saraivada interminável de balas.

O fim de Giuseppe Greco

A paixão pela morte acabou tornando-se elemento-chave no clã Corleonesi e tanto inimigos quanto aliados eram assassinados diariamente sob as ordens de Riina, como uma espécie de teste de fidelidade entre membros de baixo escalão e os altos níveis hierárquicos. Assim, nomes como Filippo Marchese, Rosario Riccobono e os irmãos de Vincent Puccio, todos ligados ao Esquadrão da Morte, também tornaram-se vítimas da obsessão pela causa da máfia.

Salvatori Riina, líder do clã Corleonesi. (Fonte: Reuters / Reprodução)Salvatori Riina, líder do clã Corleonesi. (Fonte: Reuters / Reprodução)

Outros integrantes foram entrando na lista de eliminações de Riina, e logo chegou a vez de Giuseppe Greco, que virou descartável após a morte de um investigador de polícia chamado Antonino Cassara. Em setembro de 1985, o Scarpuzzedda foi assassinado a tiros por seus dois companheiros e supostos amigos Vincenzo Puccio e Giuseppe Lucchese, que o emboscaram em sua casa. 

Mesmo morto, Greco recebeu uma sentença de prisão perpétua à revelia — quando o réu não está presente — e foi declarado culpado por 58 acusações de assassinato.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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