Metamaterial: entenda como funciona essa tecnologia

O futuro da tecnologia parece estar cada vez mais tomando forma. Recentemente, pesquisadores da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, desenvolveram o conceito de metamaterial, um material artificial capaz de tomar decisões por conta própria e responder aos estímulos do ambiente ao seu redor.

E o que isso quer dizer? Por exemplo, um drone de entregas conseguiria avaliar a direção do vento, velocidade ou vida selvagem em determinada região para decidir qual é a melhor rota a ser tomada para que o produto chegue em segurança ao seu destino final. Entenda como isso funciona!

Inspiração na natureza

(Fonte: Shutterstock)

Publicado na revista Nature Communications, o estudo foi liderado por Guoliang Huang, professor de engenharia na Universidade de Missouri. O artigo cita que o metamaterial incorpora três funções principais que também podem ser vistas abundantemente na natureza: detecção, processamento de informações e movimentação.

Um exemplo de animal que foi usado como inspiração do projeto está nas mandíbulas folhosas das Dioneias, conhecida como a planta "apanha-moscas", que reagem ao meio ambiente para capturarem suas presas. Segundo Huang, a equipe também analisou de perto a forma como os camaleões se camuflam na natureza e como as pinhas ajustam suas formas em resposta as mudanças na umidade do ar. 

"Basicamente, nós focamos o nosso projeto em controlar como esse material artificial iria responder às mudanças nos estímulos externos encontrados no ambiente em que ele for inserido", pontuou Huang. O pesquisador ainda disse acreditar que o metamaterial possa cumprir múltiplas funcionalidades em diversos mercados quando estiver concluído.

Novidades e propriedades

(Fonte: Shutterstock)

Entre todos os cenários possíveis de aplicação para o metamaterial, Huang e sua equipe parecem principalmente esperançosos de que essa tecnologia possa contribuir para o futuro da aviação. "Por exemplo, podemos aplicar este material à tecnologia furtiva na indústria aeroespacial anexando-o a outras estruturas da aeronave", comentou.

Na visão do engenheiro, isso ajudaria a controlar e diminuir os sons produzidos por um avião, como as vibrações do motor, consequentemente aumentando a multifuncionalidade do meio de transporte aéreo. Para isso, o material artificial usaria um chip de computador para controlar ou manipular o processamento de informações necessárias para performar determinada ação.

Em seguida, o aparelho usa energia elétrica e a converte em energia mecânica. Até o momento, o produto só foi testado em simulações computadorizadas. Porém, os pesquisadores esperam poder utilizá-lo em situações do mundo real em um futuro mais próximo.

Chegada do futuro

(Fonte: Marvel Studios/Reprodução)

Em seu site oficial, a Universidade do Missouri ressalta que a criação é mais um passo dado para que ficção científica vista nas grandes telas de cinema se tornem realidade. A página acrescenta que muitos diretores têm trabalhado o conceito de inteligências artificiais capazes de responder por conta própria e é isso que a pesquisa de Huang desenvolve.

Por fim, o texto ainda faz uma referência ao personagem fictício J.A.R.V.I.S., que múltiplas vezes foi destacado nos filmes do Homem de Ferro e dos Vingadores como o grande braço direito tecnológico de Tony Stark.