Moais: o que são as estátuas da ilha de Páscoa?
Mega Curioso
A Ilha de Páscoa é um dos lugares mais misteriosos da Terra. Muitos desses mistérios, como a origem dos antigos habitantes dessa ilha, já foram objetos de longas pesquisas antropológicas. O mistério mais comum está ligado ao significado dos moais — as famosas esculturas de pedra espalhadas pelo lugar.
Seriam estátuas de antigos deuses? Eram uma homenagem ao rei da ilha? Serviam para amedrontar forasteiros? Bem, se você quer a resposta para essas e outras perguntas, reunimos os principais fatos sobre a Ilha de Páscoa — pelo menos aqueles para os quais a ciência já conseguiu alguma resposta.
O que eram os moais?
Imagem: Shutterstock
Ainda que possam parecer assustadores, essas estátuas serviam para render homenagens aos antepassados dos habitantes da Ilha de Páscoa. É por isso que existem tantas esculturas desse tipo espalhadas pela ilha. São cerca de 900 moais.
A produção de moais era tão frenética que alguns ficaram incompletos e jamais foram entregues. No interior da ilha havia uma espécie de altar que foi completamente restaurado nos anos 1960. Em seu interior, os restauradores encontraram nada mais, nada menos, do que 300 esculturas moais que jamais foram finalizadas.
Os moais eram colocados próximos um dos outros em altares. Nesses locais, os habitantes da ilha faziam seus rituais religiosos e, possivelmente, cremavam os corpos de seus familiares e amigos. Ao que tudo indica, esses rituais cultuavam os antepassados. Portanto, os moais não são representações de deuses.
Do que eram feitos os moais?
Essas estátuas eram feitas de rocha basáltica. Esse tipo de rocha é muito comum em ilhas vulcânicas, como é o caso da Ilha de Páscoa. Os pascoenses extraiam as rochas de uma cratera chamada Rano Raraku. Os pedaços de rochas extraídos eram grandes, variando de 2 a 20 metros. Depois, eles eram esculpidos. Quando finalizados, os pascoenses levavam as estátuas gigantes para os altares, mas a pergunta é: como eles faziam isso?
Ora, do mesmo modo que os egípcios transportaram as pedras que deram origem às pirâmides — usando tecnologia alienígena, obviamente! O quê? Você não acreditou nessa parte? Que bom, porque ela não é nem um pouco verdade!
As esculturas eram colocadas sobre toras de madeira que eram puxadas por várias pessoas, como se fosse uma espécie de trenó. Uma outra hipótese é que os pascoenses amarravam cordas na cabeça dos moais que eram puxadas de forma alternada, fazendo com que as estátuas se movessem de forma mais veloz.
Aqui tem um vídeo que demonstra essa hipótese:
Por que os habitantes dessa ilha morreram?
De acordo com antropólogos, os primeiros habitantes da Ilha de Páscoa chegaram de barco, provavelmente em meados de 900 d.C. Cientistas acreditam que eles vieram de outras ilhas polinésias. Já os primeiros polinésios vieram do território que hoje forma a Tailândia durante um longo fluxo migratório que durou séculos.
Em sua língua original, os moradores da ilha eram chamados de Rapa Nui. De acordo com a tradição Rapa Nui, os primeiros habitantes da Ilha de Páscoa somavam 100 pessoas, sendo que uma delas era o rei Hotu Matu´a. Assim como os egípcios, o povo Rapa Nui tinha um sistema de escrita que usava hieróglifos, o rongorongo. Ele tinha 120 elementos gráficos que podiam formar até 2 mil ideogramas.
A escrita rongorongo da Ilha de Páscoa. (Fonte: Wikimedia Commons)
O povo Rapa Nui chegou a somar 15 mil pessoas. Contudo, com a falta de recursos naturais a serem explorados, o crescimento populacional os levou à fome, falta de abrigos e, consequentemente, ao seu declínio.
Hoje, a Ilha de Páscoa é uma grande atração turística devido a todos os mistérios que envolvem a sua história. Ah! Mais uma curiosidade: a Ilha de Páscoa é parte do território chileno, ainda que esteja bem distante da América do Sul.