O incrível alinhamento solar de Ramsés II, em Abu Simbel
Mega Curioso
Diante do espetacular fenômeno do alinhamento solar nas estátuas de Ramsés II, no Templo de Abu Simbel, o Egito promoveu na madrugada (Brasil) do dia 22 de fevereiro uma celebração para comemorar o evento. Autoridades do país e turistas de várias nações marcaram presença.
As apresentações artísticas mostraram um pouco sobre a história da descoberta do tempo, do faraó Ramsés II, da Batalha de Kadesh e do primeiro acordo de paz de que se tem notícia e está escrito nas paredes do próprio templo.
(Fonte: Cairo Scene/ Reprodução)
De acordo com a imprensa egípcia, pessoas de várias partes do mundo puderam acompanhar o evento graças a influenciadores e blogueiros do Kuwait, Estônia, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Rússia e Espanha que participaram da comemoração.
Alinhamento Solar de Ramsés II
Em dois dias do ano os primeiros raios do sol da manhã penetram em toda a extensão do templo de Abu Simbel e iluminam o Santo dos Santos, o mais interno dos santuários. Isso ocorre em 22 de fevereiro e, novamente, em 22 de outubro. No primeiro caso, se comemora o aniversário do faraó e, no segundo, o dia de sua coroação.
(Fonte: Blue Sky Group/ Reprodução)
Esse fenômeno foi observado pela primeira vez em 1848 pela exploradora britânica Amelia Edwards e sua equipe. Eles notaram que a luz do sol penetrava por cerca de 60 metros no interior do tempo, passando por uma pequena abertura localizada do lado leste da construção, iluminando o rosto do faraó dentro do seu santuário.
Já a descoberta do templo é atribuída ao pesquisador suíço Johann Ludwig Burckhardt, em 1813.
(Fonte: Blue Sky Group/ Reprodução)
Além de Ramsés II, os raios de sol também iluminam as estátuas de Amon, Ptah e Ra-Harakhte, divindades egípcias.
Aqui não tem nada de mágica ou misticismo: habilidosos em cálculos, os antigos arquitetos do Egito projetaram a construção de tal maneira que os raios solares atingissem a estátua do antigo governante apenas nas datas certas.
Nova casa
Entre os anos de 1963 e 1968, a Unesco criou uma campanha com o governo do Egito para uma força de trabalho composta por cientistas e engenheiros de todo mundo. Eles eram apoiados por um fundo internacional criado por mais de 50 países e tinham como missão mudar o templo de lugar devido à possibilidade de inundação por um reservatório de água do sítio arqueológico original.
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Ambos os templos de Abu Simbel foram desmontados e reconstruídos no topo escavado de um penhasco, 60 metros acima do local inicial. Foi um projeto gigantesco e complexo, pois além dos 16 mil blocos de pedra movidos, ainda era preciso garantir que o Templo de Ramsés II mantivesse sua função original em relação ao sol.