Porque existem tantas viagens à Lua programadas para 2022?
Mega Curioso
As missões espaciais conduzidas no ano de 2021 chamaram atenção como há tempos não víamos, mas 2022 pretende ter ainda mais. O espaço não deixou de ser um lugar que cativa nossa imaginação, o que só aumentou com a chegada do homem à Lua e que seguirá com as missões em 2022 cujo destino é, justamente, o imenso satélite natural da Terra.
Todas as missões programadas para este ano não serão tripuladas e, em sua maioria, estão preparando o terreno para um passo ainda mais ambicioso: chegar a Marte.
O ano de 2021 resgatou nosso fascínio com o espaço
(Fonte: SpaceX/Divulgação)
O último ano parece ter sido responsável, talvez até mesmo por conta da pandemia, por resgatar o fascínio que nós, humanos, temos pelo espaço sideral. Civis foram à órbita terrestre, "tocamos" o Sol por meio de uma sonda da NASA e lançamos o aguardado Telescópio Espacial James Webb, que poderá quase enxergar o começo do Universo.
Foi uma mudança depois de os primeiros anos do século XXI terem ficado longe das expectativas quanto à tomada do espaço pelo homem. As razões podem ser encontradas na revisão pela qual passou o programa espacial americano, na ausência de glórias alcançadas pelos russos no pós-União Soviética e, principalmente, no crescimento dos questionamentos a respeito da necessidade de altos investimentos em viagens rumo ao desconhecido.
Não significa, no entanto, que o sonho espacial foi deixado para trás, e é exatamente isso que 2022 vem provar.
Missão Artemis quer fazer humanidade retornar à Lua
(Fonte: Nasa)
Entre março e abril deste ano, a NASA deve lançar a missão Artemis 1. Usando o foguete Space Launch System (SLS), um voo-teste não tripulado, a espaçonave Orion será levada até a órbita lunar e depois de volta à Terra.
Será a 1ª etapa dessa missão que, até 2024, quer levar a 1ª mulher à Lua, marcando o retorno ao satélite após mais de 4 décadas.
Índia, Japão e Emirados Árabes Unidos também pretendem ir ao espaço
(Fonte: ispace Inc.)
A viagem à Lua também é motivo de cobiça de outras nações, mostrando como a ciência avançou para além das fronteiras do tempo da Guerra Fria. A tropa indiana, por exemplo, planeja uma missão de exploração lunar batizada de Chandrayaan-3.
Já a Jaxa, agência espacial japonesa, pretende lançar um módulo de pouso lunar em abril deste ano, visando demonstrar técnicas de alunissagem e reconhecimento de crateras lunares.
Enquanto isso, a empresa espacial nipônica ispace Inc. também enviará um módulo de pouso para a Lua . A mesma empresa vai levar um veículo de quatro rodas dos Emirados Árabes Unidos, com o nome Rashid, de modo a testar o solo lunar.
Rússia tenta resgatar tempos gloriosos com a Luna 25
(Fonte: R7)
Programada para julho, a 1ª missão russa com destino à superfície da Lua desde 1976 recebeu o nome de Luna 25. Ela será a 1ª missão a pousar no Polo Sul do satélite. Inicialmente programada para ir ao espaço em outubro de 2021, apresentou problemas com o sistema de pouso e precisou ser adiada.
A missão deve explorar o solo e a exosfera lunar a partir de 9 instrumentos científicos. O nome de batismo faz referência ao Programa Luna, responsável pelas missões espaciais da antiga União Soviética entre as décadas de 1950 e 1970.
Estação Espacial Chinesa deve ser finalizada neste ano
(Fonte: Em Órbita)
Tiangong, nome de batismo da Estação Espacial Chinesa, teve sua construção iniciada em 2021. A previsão de conclusão para este ano passa pelo lançamento do módulo Wentian, que vai acoplar ao módulo Tianhe. Uma 3ª peça também deve ser enviada em 2022, completando a Estação Espacial Chinesa. Parece cristalino como o espaço será, cada vez mais, plurinacional.