Vitamina D: 6 coisas que você deve saber sobre esse nutriente
Mega Curioso
Tenho certeza que você já ouviu falar da vitamina D — ou sobre alguém que estava com baixos níveis séricos dela. Pois é, trata-se de um assunto bem recorrente por essa vitamina ser de extrema importância para a nossa saúde, tendo diversas funções e trazendo muitos benefícios para no nosso organismo, como ser imprescindível para a nossa imunidade.
De acordo com o artigo Toxicidade da vitamina D, "estima-se que 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sejam deficientes ou insuficientes em vitamina D". E de fato, este dado é preocupante diante da sua importância. Vamos conhecer um pouquinho mais sobre ela?
1. O que é a vitamina D e qual é a sua importância?
A vitamina D é um composto orgânico essencial para o nosso organismo para que nosso metabolismo funcione corretamente. Ela também é chamada de colecalciferol e é lipossolúvel, ou seja, sua absorção se dá por meio gorduroso. Isso quer dizer que a melhor hora para tomarmos o suplemento de vitamina D é acompanhado de uma refeição que contenha gordura.
A vitamina D também é considerada um hormônio esteroide, que atua no metabolismo ósseo. Além disso, suas outras funções são:
- Manter concentrações adequadas de fósforo e cálcio (responsável pela absorção intestinal) no corpo;
- Regular o metabolismo ósseo;
- Agir na força e na contração muscular;
- Participar do metabolismo de vários órgãos;
- Ajudar na melhora da imunidade, evitando, assim, doenças autoimunes;
- Prevenir doenças oncológicas e cardiovasculares;
- Agir como substância anti-inflamatória;
- Prevenir a osteoporose;
- Auxiliar na neuroproteção;
- Ajudar no funcionamento da tireoide.
2. Quais são as fontes alimentícias de vitamina D?
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Os alimentos que mais ajudam no fornecimento de vitamina D são ovos, leite e derivados, fígado, cogumelos, frutos do mar, carnes e peixes. Mesmo assim, é muito difícil por meio de dieta e de alimentos específicos atingir uma quantidade significativa de vitamina D para o organismo — e quem mais vai nos ajudar, nesse caso, é o Sol.
3. Então como podemos obter?
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Para conseguirmos alcançar o nível sérico ideal de vitamina D, é importante que ela seja buscada da seguinte forma:
- Exposição solar: a substância é produzida de maneira endógena após a exposição ao Sol, sendo esta a fonte mais importante desta vitamina;
- Ingestão de alimentos que sejam fonte de vitamina D, conforme foram citados no item anterior a esse;
- Suplementação adequada: aquela que seu médico ou nutricionista indicar e prescrever de acordo com a sua necessidade e individualidade.
4. O que causa a deficiência dessa vitamina?
A deficiência de vitamina D pode ser causada por inúmeros fatores, por exemplo:
- Falta de exposição solar;
- Baixa ingestão de alimentos fontes desta vitamina;
- Suplementação inadequada com baixas doses;
- Remédios que podem dificultar a absorção;
- Dieta com baixo nível de gorduras e colesterol — pois é através da gordura encontrada no organismo que é feita a absorção desta vitamina;
- Doenças e condições de saúde que prejudiquem sua absorção, como a doença de Crohn, doença celíaca, obesidade e pessoas que fizeram o procedimento de cirurgia bariátrica;
- Deficiência de magnésio no organismo;
- Envelhecimento.
5. Quais são os sintomas que podem aparecer no nosso organismo com a deficiência de vitamina D?
- Baixa imunidade;
- Doenças cardiovasculares;
- Infecções;
- Cansaço, sonolência e desânimo;
- Dores e fraqueza muscular;
- Fraqueza nos ossos;
- Problemas de memória;
- Outras doenças relacionadas à deficiência de vitamina D (artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla e diabetes mellitus tipo 1).
6. Quais são os níveis adequados de vitamina D?
Para verificar se os níveis de vitamina D estão normais, abaixo (hipovitaminose), ou acima (hipervitaminose) do ideal, é necessário fazer o exame de hidroxivitamina D ou 25 (OH)D, que podem ser solicitados por médicos e nutricionistas.
Normalmente, os valores considerados para a concentração no sangue são: mínimo de 40 ng/ml e ideal de 60 ng/ml. Assim, é de extrema importância que se analise a dosagem de forma correta, pois a baixa e a alta dosagem podem acarretar sérios problemas de saúde para o indivíduo.
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Marcela Andrade Lopes, colunista semanal do Mega Curioso, é bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas, bacharel em Nutrição, perita judicial na área da Nutrição, e pós-graduanda em Saúde Pública com ênfase em Estratégia Saúde da Família.