Bets irregulares estão usando endereços alternativos para burlar bloqueio
Tecmundo
Casas de apostas banidas por não possuírem autorização para funcionamento no Brasil estão usando sites alternativos para burlar o bloqueio determinado pelo governo federal no início de outubro. Um levantamento divulgado pelo g1 nesta quarta-feira (16) mostra pelo menos 18 bets aproveitando o método para continuarem disponíveis.
A publicação afirma ter encontrado 134 sites em uso por essas bets ilegais, sendo que uma mesma empresa pode ter diversas páginas para continuar operando. Deste total, 51 foram criados na sexta-feira (11), 19 no dia seguinte e cinco na terça-feira (15), enquanto os endereços restantes haviam sido registrados antes.
Para se manter online, essas casas de apostas que estavam na lista proibida da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) investiram em uma estratégia simples e eficaz. Elas adicionaram uma sequência de caracteres e/ou números ao endereço original, conseguindo enganar o mecanismo de bloqueio.
De acordo com o relatório, as bets bloqueadas que criaram sites alternativas para operar de maneira irregular são: 136bet, 255bet, BBRbet, Grupo Jogo, 522bet, 52bet, 5500bet, 667bet, 74bet, 7.club, 855bet, 939bet, 8casino, Fubet, BRA Grupo, Jogo Grupo, Um Cassino e Sebet. Todas estão com páginas ativas, no momento.
Missão complicada
Em entrevista dada à CNN, ontem, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, comentou que impedir o funcionamento dos sites das casas de apostas ilegais é uma tarefa mais difícil do que bloquear o X. Vale lembrar que o antigo Twitter voltou a funcionar há poucos dias, após ficar mais de um mês fora do ar no Brasil.
Segundo o chefe da agência reguladora, a missão complicada se deve à quantidade de páginas que devem ser bloqueadas, mais de 2 mil, enquanto a rede social de Elon Musk tem apenas um site e um domínio. Dessa forma, o banimento das bets é um trabalho muito maior.
Questionada sobre os sites alternativos das bets irregulares, a Anatel comentou que sua função é apenas encaminhar a lista de páginas bloqueadas às operadoras, por indicação do Ministério da Fazenda. Já o Ministério ainda não se pronunciou.