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Grupos extremistas trocam Telegram por novo mensageiro anônimo
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Grupos extremistas trocam Telegram por novo mensageiro anônimo

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Tecmundo
04/10/2024 19h45
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16364550/original/open-uri20241004-18-12fpgty?1728071283
©GettyImages
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O Telegram tem deixado de ser o canal favorito de reunião, divulgação de conteúdo e organização de grupos extremistas. De acordo com um estudo do Institute for Strategic Dialogue, há um novo aplicativo que tem sido utilizado por organizações neonazistas e terroristas.

O serviço adotado por essas organizações é o SimpleX Chat, um app de conversas descentralizado. A promessa é de que o mensageiro seja totalmente seguro para uso — com criptografia nas mensagens e a promessa de que os usuários se mantenham anônimos, sem a possibilidade de rastreamento.

Uma das mensagens divulgando a migração de app.

A pesquisa denuncia que a migração começou nas últimas semanas, quando o Telegram anunciou que passaria a colaborar cada vez mais com autoridades que solicitassem dados de usuários envolvidos em processos e investigações. De acordo com a Wired, um dos grupos no SimpleX já tem mais de 1.000 membros para divulgar materiais — incluindo manuais de treinamento e doutrinação — e coordenar ações extremistas.

A divulgação do nome do aplicativo agora pode fazer com que ele vire também um alvo de investigações, já que as autoridades agora conhecem o canal e terão mais um local para buscar por suspeitos. Além disso, o desenvolvedor do serviço agora se diz ciente do problema e prometeu "restringir" esse tipo de material por lá.

Sem o uso de IDs para associar usuários a uma conta, a ferramenta existe desde 2021 e recebeu recentemente um investimento de US$ 1,3 milhão que inclui dinheiro de Jack Dorsey, o principal fundador do Twitter.

O que dizem os responsáveis

"O SimpleX é uma rede de comunicação e não um serviço ou plataforma em que usuários podem hospedar seus próprios servidores. Por isso, não estamos cientes de que extremistas estão utilizando ele", diz o desenvolvedor do projeto, Evgeny Poberezkin.

Ainda segundo ele, a ideia é que não seja possível usá-lo em grupos com mais de 50 usuários e há medidas sendo tomadas para prevenir a distribuição de conteúdos criminosos, como imagens de abuso infantil. 

A interface do chat usado por extremistas.

"Apesar de não podermos escanear de forma indiscriminada todo o conteúdo, e fazer isso seria uma violação de direitos humanos, se o ponto de entrada é publicamente divulgado e pode ser visitado, e os usuários usam os nossos servidores, podemos remover essas portas de entrada e os arquivos", explica o desenvolvedor. 

Para se isentar de responsabilidades, ele ainda cita que, na rede do projeto, "usuários não podem ser encontrados a não ser que eles queiram isso" justamente por motivos de proteção.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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