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Método brasileiro pode prever gravidade da covid-19
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Método brasileiro pode prever gravidade da covid-19

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Tecmundo
22/06/2022 17h30
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Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), criaram um novo método de análise do plasma sanguíneo capaz de prever a gravidade de pacientes infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19.

O estudo pode ser usado como base para desenvolver um protocolo médico que contribuirá para a aplicação de um tratamento mais eficaz naqueles que estão mais susceptíveis à covid-19 grave.

Pesquisadores brasileiros criam método para prever a gravidade da covid-19 (Fonte: USP/reprodução)Pesquisadores brasileiros criam método para prever a gravidade da covid-19 (Fonte: USP/reprodução)

Após a entrada do vírus no organismo, nosso corpo passa por mudança metabólicas e começa a produzir com mais ou menos intensidade certas substâncias químicas. O estudo, orientado pelo professor Daniel R. Cardoso, buscou entender melhor esse processo.

Para isso, os especialistas analisaram o plasma de 110 pacientes que deram entrada no hospital da universidade em 2020 com sintomas de gripe. Dessas, quase metade não estava infectada com o coronavírus e seus dados foram usados como grupo de controle.

Já entre os 53 pacientes da covid-19, dez chegaram a ser internados devido a complicações da doença. Comparando as concentrações de diferentes substâncias no sangue de todos os participantes, seis moléculas se mostraram determinantes para o agravamento das condições: glicerol, acetato, 3-aminoisobutirato, formato, glucuronato e lactato.

“Monitorando a quantidade desses compostos produzidos por diferentes vias do metabolismo, é possível ter um prognóstico sobre qual será a gravidade da infecção", explica em nota o professor Cardoso.

A expectativa é que o novo método venha a se tornar um protocolo adotado em hospitais no futuro. Para isso, entretanto, a técnica ainda precisa ser validada com um número maior de amostras e incluir novos grupos, como pessoas vacinadas, por exemplo.

ARTIGO Journal of Proteome Research: doi.org/10.1021/acs.jproteome.1c00977

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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