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PF investiga crimes com criptomoeda que movimentaram R$ 18 bilhões
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Tecmundo
22/09/2022 14h44
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A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, está realizando na manhã desta quinta-feira (22) a Operação Colossus, que investiga crimes de associação criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro utilizando um sistema de negociação de criptomoedas. Foi determinado um bloqueio de bens e valores de investigados no valor de R$ 1.247.770.199,05.

De acordo com a nota da PF, serão cumpridas buscas em seis exchanges de criptomoedas, quatro instituições financeiras autorizadas a operar com câmbio pelo Banco Central e três escritórios de contabilidade. Ao todo, são 101 determinações judiciais expedidas pela 6ª Vara Criminal de São Paulo: duas ordens de prisão preventiva e 37 de busca e apreensão, contra 22 pessoas físicas e 15 jurídicas.

Entre os clientes das exchanges investigadas, há nomes de pessoas mortas, beneficiários de programas assistenciais, idosos com mais de 90 anos de idade, além de doleiros, contrabandistas e comerciantes de bairros de comércio popular, como o Brás e a rua 25 de Março em São Paulo.

Fonte: UFRGS/Reprodução.Fonte: UFRGS/Reprodução.

Deflagradas a partir de Relatório de Inteligência Financeira que investigou crimes de 2017 a 2021, as investigações foram divididas em três grupos devido à sua complexidade. No primeiro, o foco foram os arbitradores, que adquiriram grandes quantias de criptoativos em países como EUA, Cingapura e Hong Kong para venda no Brasil. Os valores remetidos ao exterior ultrapassam R$ 18 bilhões.

O segundo grupo é o das exchanges, que comprava esses criptoativos e os revendia a pessoas físicas e jurídicas com indícios de envolvimento em atos ilícitos. Finalmente, o terceiro grupo é formado pelas empresas de fachada que compravam os ativos virtuais das exchanges para efetivamente fazer a “lavagem de dinheiro”.

De acordo com a Polícia Federal, somente nesses quatro anos da investigação foram movimentados mais de R$ 61 bilhões através do sistema bancário formal. Naturalmente, isso só ocorreu porque muitas dessas instituições apresentam sérias falhas em seus sistemas de compliance, diz a nota.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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