Superestrutura vulcânica é descoberta no Oceano Pacífico

Tecmundo






Um estudo publicado recentemente na revista científica Earth and Planetary Science Letters introduziu uma noção inédita na vulcanologia: o termo superestrutura da placa média oceânica (OMS na sigla em inglês). Segundo os autores, uma OMS é "uma estrutura vulcânica construída por múltiplos pulsos de vulcanismo a partir de condutores geodinâmicos distintos".
Diferentes das chamadas grandes províncias ígneas (LIPs), que dominam a maioria das pesquisas, as OMSs constituem um tipo distinto de estrutura geológica, não só pelo seu tamanho como também pela maneira como se formam. Ao contrário das LIPs, que surgem a partir de um grande evento único de vulcanismo, as OMSs resultam de múltiplos eventos desse tipo ao longo do tempo.
Para exemplificar o novo conceito, os pesquisadores se debruçaram sobre o Planalto Fronteiriço da Melanésia (MBP), um planalto submarino localizado a leste das Ilhas Salomão no Oceano Pacífico composto por 320 quilômetros de rocha ígnea contínua, que permanece se expandindo até hoje, após ter se formado no período Cretáceo, entre 145 a 66 milhões de anos.
O vulcanismo do Planalto da Melanésia pode ter se iniciado no Cretáceo.
Um dos objetivos do novo estudo é "construir uma história vulcânica abrangente do MBP" que começa na época em que os dinossauros vagavam pelo planeta . Segundo os autores, essas características se formaram ao longo de dezenas de milhões de anos, por meio de quatro pulsos distintos de vulcanismo, todos com causas diferentes.
Conforme o estudo, os episódios são:
Os pesquisadores estão buscando novos exemplos de OMS.
Para reconstituir a história vulcânica entre as profundas depressões e os planaltos submersos que resultaram no MBP atual, os pesquisadores trabalharam com dados publicados anteriormente sobre a composição química de rochas e minerais (variações de isótopos e outras formas de geoquímica).
O propósito foi modelar a evolução de toda a crosta após submetida à alta temperaturas das recorrentes de plumas vulcânicas no manto. Agora, a equipe de pesquisadores da Universidade de Maryland e da Universidade Estadual da Califórnia, ambas nos EUA, irão testar novas montanhas submersas no meio do Pacífico, em busca novos exemplos de OMS.
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