#AstroMiniBR: conheça o maior telescópio do Brasil
Tecmundo
Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: A corrida galáctica
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA está em operação total há poucos dias e já está observando o Universo distante de forma espetacular. Nas duas primeiras semanas desde que as primeiras imagens e dados científicos do JWST ficaram disponíveis para os astrônomos analisarem, diversos grupos de pesquisadores relataram uma enorme quantidade de descobertas preliminares, incluindo vários candidatos para o que poderia ser a galáxia mais distante já vista.
Para a astrofísica extragaláctica, esse tem sido o principal tópico das publicações científicas dos últimos dias e ele não parece dar sinais de que irá arrefecer nas próximas semanas. Entre as galáxias candidatas à mais distante já descoberta, incluiu-se esta semana a galáxia de Maisie, descoberta pela colaboração CEERS (acrônimo para Cosmic Evolution Early Release Science Survey).
Os pesquisadores responsáveis pela descoberta estimam que a galáxia foi observada tal qual era quando o Universo tinha apenas cerca de 290 milhões de anos. Essas descobertas são fundamentais para que entendamos cada vez mais sobre o Universo primitivo e como as primeiras estruturas se formaram.
#2: Enxergando o velho como novo
Todo amante de astronomia sabe que quanto mais distante olhamos no Universo, mais no passado estamos observando. Isso acontece porque a velocidade da luz é finita e leva um tempo correspondente à distância para chegar até chegar aos nossos instrumentos de observação. Por exemplo, uma galáxia situada a dois milhões de anos-luz de distância é, grosso modo, vista como ela era há dois milhões de anos, pois foi justamente o momento em que os fótons que vemos hoje saíram de lá.
Rigorosamente falando, quando os telescópios observam a luz de galáxias distantes, eles não estão literalmente olhando para trás no tempo porque o passado não existe mais, mas os telescópios estão olhando para o padrão atual, isto é, do presente, de um feixe de luz. É exatamente isso que o JWST é capaz de fazer: ao olhar para o estado atual de um feixe de fótons emitidos por uma galáxia distante, é possível inferir como a galáxia que a emitiu era bilhões de anos atrás.
A animação acima ilustra justamente esse processo, em que um bebê, mesmo tendo evoluído com o passar do tempo, é observado tal qual a luz que chega no presente no telescópio.
#3: O maior telescópio no Brasil
O telescópio Perkin-Elmer é o maior e principal telescópio do Observatório do Picos dos Dias, localizado em Brazópolis, no estado de Minas Gerais a 1.864 metros de altitude. Operado e mantido pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), o telescópio possui um espelho primário de 1,6 metros e está em funcionamento desde 1981.
O Perkin-Elmer faz o acompanhamento de alvos no céu noturno remotamente, sob controle de softwares computacionais e é voltado principalmente para fotometria, polarimetria e espectroscopia.
#4: A velocidade orbital relativa dos planetas do Sistema Solar
Na Astronomia e na Física, define-se que, em sistemas vinculados gravitacionalmente, a velocidade orbital de um corpo ou objeto astronômico é a velocidade na qual ele orbita em torno do baricentro (ou, se um corpo é muito mais massivo que o outro corpo, do centro de massa) do sistema.
A velocidade é inversamente proporcional ao raio da órbita e ao período de translação do corpo celeste, isto é, quanto mais distante, mais devagar ele viaja pelo espaço em sua trajetória orbital. Na corrida planetária do Sistema Solar, Mercúrio, que também é o mais próximo do Sol, é o vencedor em termos de rapidez, viajando a uma velocidade orbital de cerca de 47,87 km/s.
Se você ficou curioso, colocamos abaixo uma lista com a velocidade orbital dos outros planetas:
- Vênus, 35.02 km/s;
- Terra, 29.78 km/s;
- Marte, 24.077 km/s;
- Júpiter, 13.07 km/s;
- Saturno, 9.69 km/s;
- Urano, 6.81 km/s;
- Netuno, 5.43 km/s.
#5: A aventura da Apollo 15
A missão da Apollo 15 foi a nona missão tripulada do programa Apollo da NASA e a quarta a pousar na Lua. A missão começou no dia 26 de julho de 1971 e terminou no dia 7 de agosto daquele mesmo ano, sendo caracterizada por ter sido a primeira missão do programa com uma estadia mais longa na Lua e com maior foco científico do que as missões anteriores.
A tripulação da Apollo 15 também contava com três astronautas, David Scott, Alfred Worden e James Irwin. A exploração da superfície lunar ocorreu entre os dias 30 de julho e 2 de agosto e foi a primeira a utilizar o Lunar Roving Vehicle (LRV): um veículo articulado desenvolvido para andar na Lua, que tornou possível para os astronautas se deslocarem muito mais longe do módulo lunar do que tinha sido possível nos pousos anteriores.
Ao todo, os astronautas passaram mais de 180 horas na superfície da Lua realizando diversas atividades extraveiculares e experimentos científicos antes de retornarem com segurança para a superfície da Terra.