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Plutão: saiba quais são as principais descobertas sobre o planeta anão
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Plutão: saiba quais são as principais descobertas sobre o planeta anão

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Tecmundo
12/04/2022 22h30
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Se você nasceu nos anos 90 deve se lembrar de aprender sobre os nove planetas do Sistema Solar, e utilizado acrósticos para se lembrar do nome de todos eles. Mas eis que vovó ficou sem pescoço em 2006. Reclassificado pela União Astronômica Internacional (UAI), hoje Plutão é considerado um planeta anão junto com Ceres, Makemake e Eris no sistema solar. Saiba mais sobre esse planetinha.

Descoberto em 1930 pelo astrônomo estadunidense Clyde Tombaugh, Plutão foi nomeado em homenagem ao deus romano do submundo. E de fato, ele está praticamente no submundo do nosso sistema solar. Localizado no Cinturão de Kuiper, o planetinha tem uma temperatura superficial de aproximadamente -204°C, e pode ser tornar ainda mais fria dependendo da distância em que se encontra do Sol durante sua órbita.

Plutão (esq.) e Caronte em imagem feita pela espaçonave científica New HorizonsPlutão (esq.) e Caronte em imagem feita pela espaçonave científica New Horizons

E falando em órbita, Plutão divide sua trajetória ao redor do Sol com Caronte, um corpo celeste com aproximadamente metade do seu tamanho, e outras quatro luas: Cérbero, Estige, Nix e Hidra. E ao contrário da maioria dos planetas que têm suas órbitas no mesmo plano em que Sol, o sistema Plutão – Caronte tem uma trajetória inclinada em relação às demais. Há outros planetas com trajetórias levemente deslocadas do plano translacional, mas Plutão com toda certeza está fora do prumo.

A órbita de Plutão é bastante inclinada em relação as demaisA órbita de Plutão é bastante inclinada em relação as demais

Mas por que planeta anão? De acordo com a UAI, para que um corpo celeste seja considerado planeta, deve atender a três principais critérios, sendo eles: orbitar ao redor de uma estrela, ter massa suficiente para atingir o equilíbrio hidrostático, que confere forma arredondada ao corpo, e ser dominante em sua órbita, não podendo sofrer interferência de outros objetos que possam alterar seu movimento translacional. Devido ao terceiro critério, Plutão foi reclassificado. 

Caronte tem grande influência sobre Plutão, e alguns astrônomos consideram a relação Plutão-Caronte como um sistema duplo de planetas anões, mas ainda não se tem uma determinação sobre isso.

New Horizons e a visita a Plutão

Em 2006, a Missão New Horizons da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA, sigla em inglês) lançou rumo ao Cinturão de Kuiper uma espaçonave não tripulada, com o intuito de mapear geológica e morfologicamente Plutão e suas luas. A nave levou nove anos para alcançar o ponto desejado e, em 2015, pela primeira vez, foi possível obter imagens do planeta anão e de seus satélites! Um verdadeiro marco na história da astronomia.

Graças a essa missão, além de fotos fantásticas, sabemos com mais detalhes sobre como esse planetinha tão peculiar é formado, e também desmistificamos vários mitos sobre ele.

Ao contrário do que se pensava, o planetinha não é apenas uma bola de gelo sem graça. Plutão tem um “coração”, montanhas e vales. A atividade do planeta anão é mantida graças a uma geleira de nitrogênio de milhões de quilômetros quadrados, que aos poucos, sob a influência de Caronte, fez com que seu eixo de rotação se modificasse. Ao chamado ventrículo esquerdo desse coração, que causou o alinhamento, deu-se o nome de Sputnik Planitia.

O sobrevoo da New Horizons também possibilitou outras descobertas, como a possibilidade de água líquida abaixo da superfície, o que faria com que o planeta seja tectonicamente ativo. Sinais de atividade vulcânica, não apenas em Plutão, mas também em Caronte, entre outras diversas observações que são fundamentais para que possamos entender melhor esses corpos tão distantes de nós.

Todo um novo horizonte se tornou concreto com as imagens da missão. Plutão não é apenas uma bolinha esquecida no fim do nosso sistema. É um mundo novo, cheio de possibilidades e beleza. Um campo muito rico para pesquisas e novas descobertas que lançarão luz sobre como os planetas são formados e sua atividade. Como disse Alan Stem, investigador principal da New Horizons do Southwest Research Institute, Boulder, Colorado, “Está claro para mim que o sistema solar deixou o melhor para o final!”

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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