Home
News
Saiba mais sobre o novo exoplaneta descoberto em estrela vizinha do Sol
News

Saiba mais sobre o novo exoplaneta descoberto em estrela vizinha do Sol

publisherLogo
Tecmundo
11/02/2022 12h30
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/14887013/original/open-uri20220211-19-3m6yut?1644582674
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

*Este texto foi escrito por uma colunista do TecMundo; saiba mais no final. 

Proxima Centauri é a estrela mais próxima do nosso Sistema Solar, estando a apenas 4 anos-luz de distância. Isto é, a luz demora cerca de 4 anos para viajar a distância entre Proxima Centauri e o Sol. Além disso, a estrela, que é uma anã vermelha, orbita um sistema triplo de estrelas, denominado Alpha Centauri. Suas companheiras estelares são Alpha Centauri A e B. 

Sistema triplo Alpha Centauri. Podemos ver Alpha Centauri a (esquerda) e b (direita) claramente. A posição de Proxima Centauri está indicada pelo circulo vermelho. Por ser menor e menos brilhante, não é possível observá-la nessa imagem.Sistema triplo Alpha Centauri. Podemos ver Alpha Centauri a (esquerda) e b (direita) claramente. A posição de Proxima Centauri está indicada pelo circulo vermelho. Por ser menor e menos brilhante, não é possível observá-la nessa imagem.

O sistema triplo, que é considerado próximo de nós quando se trata de escalas astronômicas, já parece interessante por si só. Mas o quadro ainda não está completo. Sabíamos que Proxima Centauri possuía ao menos dois planetas: Proxima b e Proxima C. Nesta semana, o quadro da família foi ampliado: um novo planeta foi detectado orbitando Proxima Centauri. 

Impressão artística de Proxima dImpressão artística de Proxima d

Pelas regras de nominação de exoplanetas, o nome do novo integrante é Proxima d. A ordem alfabética não é referente à distância entre planeta e estrela, mas sim por ordem de descoberta. No caso, Proxima d é o planeta mais próximo de sua estrela, demorando apenas 5 dias terrestres para completar uma órbita completa! O exoplaneta é também o mais leve já detectado usando a técnica de velocidade radial, com apenas 1/4 da massa terrestre. 

A técnica de velocidade radial consiste em detectar movimentação na estrela devido a perturbações gravitacionais dos seus planetas. Pela premissa, essa técnica é mais sensível à detecção de exoplanetas pesados. Por conta disso, a detecção de um exoplaneta tão leve usando essa mesma técnica é sinal de grande avanço para área, já que esses exoplanetas são esperados a serem mais abundantes e com maior potencial de sustentar vida.

Ilustração do método de velocidade radial para detecção de exoplanetasIlustração do método de velocidade radial para detecção de exoplanetas

Apesar disso, Proxima d não é considerado um candidato a hospedar vida, estando fora da zona habitável da estrela. Essa zona é a distância até a estrela necessária para hospedar água liquida na superfície e, potencialmente, hospedar vida como conhecemos. Um planeta estar a essa distância não significa necessariamente nem que ele possua água ou que hospede vida. Mas é um candidato com potencial para ambos. Mas não há motivo para desânimo. No quadro da família Proxima Centauri, já detectamos um planeta nessa região, o Proxima b.

Impressão artística de Proxima b, na zona habitável de Proxima CentauriImpressão artística de Proxima b, na zona habitável de Proxima Centauri

É animador ver como a estrela mais próxima, possivelmente a primeira que iremos visitar em explorações espaciais, já possui 3 pontos turísticos cheios de novas realidades! 

Apesar disso. Vale sempre lembrar que não existe Planeta B para nós. O planeta Terra é o único planeta conhecido a hospedar vida no Universo. Planos para transportar parte da população para outros planetas em caso de catástrofes são inviáveis atualmente e para as próximas décadas. Isso significa que, apesar de ser animador a chance de conhecer e imaginar como são esses novos mundos, precisamos também nos certificar que a habitabilidade na Terra será possível pelos próximos milhares de anos! 

Camila de Sá Freitas, colunista do TecMundo, é bacharel e mestre em astronomia. Atualmente é doutoranda no Observatório Europeu do Sul (Alemanha). Autointulada Legista de Galáxias, investiga cenários evolutivos para galáxias e possíveis alterações na fabricação de estrelas. Está presente nas redes sociais como @astronomacamila.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também