Três vulcões entram em erupção ao mesmo tempo no Alasca
Tecmundo
Três vulcões entraram em erupção ao mesmo tempo no Alasca, processo apontado por especialistas como um fenômeno natural de rara ocorrência no planeta. Segundo o Observatório de Vulcões do Alasca (AVO), a atividade localizada no arquipélago das Ilhas Aleutas teve início no começo deste mês, mas não representa um risco para a população local e não afeta nenhuma viagem aérea até o momento.
Um vulcão é uma estrutura geológica formada pela existência de placas tectônicas que podem se mover e colidir, ação que geralmente resulta em uma abertura montanhosa. Nesse caso, as erupções liberam magma na superfície terrestre e trazem gases e partículas quentes do interior para a atmosfera. O instituto detectou pequenas emissões de cinzas dos vulcões Great Sitkin, Semisopochnoi e Pavlof — um dos mais ativos dos Estados Unidos.
Tal complexo é situado no encontro da placa tectônica norte-americana com a placa do Pacífico, zona marcada por sismicidade chamada de Círculo de Fogo. Mesmo com essas características, a região apresenta uma atividade vulcânica mais agitada do que o normal, em especial por se tratar de um fenômeno simultâneo nas diferentes estruturas.
Observatório registrou emissões de cinzas pelo Great Sitkin e por outros dois vulcões no Alasca
"O Alasca tem muitos vulcões e normalmente vemos uma erupção a cada ano, em média. Ocorrer três erupções de uma vez é menos comum, mas acontece", disse Matthew Loewen, geólogo do AVO, em entrevista à NBC News. O pesquisador destacou que é necessário acompanhar a quantidade das emissões de cinzas, pois as partículas podem ser perigosas para viagens aéreas que se deslocam entre a América do Norte e Ásia.
O acompanhamento dos três vulcões ganhou um código de alerta "laranja", indicando que qualquer um deles tem o potencial de entrar em erupção mais intensa. Atualmente, o Pavlof mostra uma agitação de baixo nível, com pequenas emissões; o Great Sitkin possui um fluxo contínuo de lava de sua cratera; e o Semisopochnoi já contou com várias explosões, com ocasionais tremores sísmicos, mas com baixo nível de emissões.
Loewen contou que o último registro de uma situação similar aconteceu há pelo menos sete anos, mas que a recente manifestação promoveu o constante monitoramento da cadeia vulcânica. "Isso está nos mantendo alerta. É definitivamente empolgante e um momento agitado para nós", comentou.