Álcool no sangue e cheiro de peixe crônico: Conheça 4 doenças singulares
Aventuras Na História
Todos os dias, nosso organismo realiza milhares de processos diferentes — mesmo em nossos dias mais parados, existe um constante e extremamente complexo trabalho acontecendo em nosso interior para que continuemos funcionando como esperado.
Qualquer problema, assim, pode gerar uma cadeia de consequências negativas. Alguns deles são mais comuns, como a invasão de nosso corpo por um vírus, porém outros são muito mais raros e difíceis de lidar. Confira abaixo 4 doenças bizarras que afetam pessoas ao redor do mundo:
1. Síndrome da autocervejaria
Fotografia meramente ilustrativa de cerveja / Crédito: Divulgação/ Freepik/ jcomp
De nome curioso, essa condição afeta o sistema digestório do paciente, levando-o a produzir etanol em seu intestino. O indivíduo que sofre com ela acaba "ficando bêbado", isso é, experienciando um nível elevado de álcool no sangue, o que gera sintomas como tontura, náuseas e vômito — ainda que não tenha engolido sequer uma gota de álcool.
Sofredores da doença, dessa forma, precisam evitar dirigir, ou correm risco de ter problemas com as autoridades, uma vez que um simples teste de bafômetro pode detectar em seu organismo essas alterações equivalentes às de alguém que acaba de sair de um bar. No longo prazo, essa desordem ainda pode causar sérios danos ao fígado, conforme repercutiu o site Minha Vida.
Os episódios de "embriaguez espontânea" frequentemente ocorrem após a ingestão de carboidratos, como pães e bolos. Isso, pois é o açúcar desses alimentos que é transformado em álcool, com os responsáveis por esse processo sendo fungos encontrados habitando o trato intestinal dessas pessoas, tais como o "Saccharomyces cerevisiae". Outro nome para o quadro, assim, é síndrome da fermentação intestinal.
Ela pode se desenvolver após tratamentos com antibióticos e períodos de baixa imunidade, mas também não ter nenhuma causa aparente. Seu tratamento, por sua vez, pode ser realizado com antifúngicos.
2. Síndrome do odor de peixe
Fotografia meramente ilustrativa / Crédito: Divulgação/ Freepik/ benzoix
Também batizada de forma autoexplicativa, os sintomas dessa doença podem não ser tão graves, mas sem dúvida são desagradáveis, consistindo na presença de um cheiro semelhante a peixe no suor e no hálito do portador.
O odor infeliz é causado pela incapacidade do organismo do indivíduo de expulsar a trimetilamina, substância que ingerimos através de uma série de alimentos, que incluem não apenas aqueles que vêm do mar, mas também ovos e certos vegetais.
Em vez de sair do corpo pela urina, assim, ela acaba sendo liberada pela transpiração e respiração, fazendo com que ocorra a emanação do odor ruim entre 12h e 24h após a pessoa fazer a refeição em que ingeriu trimetilamina. As informações são do portal do DLE, um laboratório brasileiro de Genética Humana, Doenças Raras e Genômica.
A trimetilaminuria, que é o outro nome da síndrome, pode ser causada tanto por uma mutação genética quanto ser um produto de outras condições que afetam intestino, fígado ou rins.
Ela é considerada rara, afetando apenas 1 a cada 200 mil pessoas, e a maioria dos casos é leve. Uma má notícia para aqueles que são diagnosticados, todavia, é que ela não tem cura, com o tratamento consistindo em mudanças na dieta.
3. Síndrome do sotaque estrangeiro
Esse curioso distúrbio de fala é caracterizado pelo paciente subitamente apresentar alterações na pronúncia de sua própria língua nativa, com os sons resultantes lembrando o sotaque de outro estado ou país — por vezes, um lugar onde ele nunca colocou os pés.
Existem apenas cerca de 100 pessoas no mundo inteiro que sofrem com a doença, que pode ser causada por uma lesão cerebral, uma enxaqueca intensa ou até mesmo se desenvolver sem nenhum motivo aparente, de acordo com informações divulgadas pelo portal Pebmed.
Já o tratamento é feito com fonoaudiólogo, com o indivíduo basicamente precisando reaprender a falar sem seu inesperado novo sotaque. Não existe garantia, porém, que ele conseguirá recuperar totalmente sua maneira anterior de pronunciar as palavras.
4. Insônia familiar fatal
Fotografia meramente ilustrativa / Crédito: Divulgação/ Freepik/ tirachardz
Essa rara doença é tão assustadora quanto seu nome sugere: degenerativa e sem cura, ela provoca uma insônia crônica que apenas piora ao longo do tempo, chegando ao ponto que o indivíduo é permanentemente impedido de dormir, ao que ocorre sua morte.
O quadro grave tende a aparecer quando o paciente tem entre 30 e 60 anos, gerando, além da insônia, alterações na temperatura corporal, perda de peso, ataques de pânico e sudorese excessiva.
A insônia familiar fatal costuma ser hereditária, mas também pode ser causada por mutações genéticas que não foram herdadas dos pais, conforme o site Tua Saúde.