Gabriel Medina fala sobre expectativa para final do Circuito Mundial e projeta final brasileira
Sportbuzz
A grande final da Circuito Mundial de surfe se aproxima. Nesta quinta-feira, 9, em Trestles, nos Estados Unidos, se iniciam as disputas pelo tão cobiçado título mundial, com três brasileiros como fortes candidatos: Gabriel Medina, duas vezes campeão, Ítalo Ferreira, atual campeão, e Filipe Toledo, em busca de sua primeira conquista.
Na véspera do início da etapa, Gabriel Medina, número um do ranking mundial, concedeu entrevista pela WSL a diversos veículos e falou um pouco sobre sua preparação e expectativa para a grande decisão do Circuito Mundial de Surfe. Confira!
De início, o surfista respondeu a três perguntas enviadas pelo canal ‘CNN’. Gabriel iniciou afirmando que este foi o seu melhor ano competindo, e fez questão de ressaltar o quão importante é para ele, crescer e evoluir como ser humano, vivendo experiências dentro do Circuito Mundial.
Eu estou muito confiante né, vindo aqui para a final em Trestles. Esse ano foi incrível, acho que foi meu melhor ano, fico feliz pela minha performance. [...] Competindo, viajando, tendo experiências diferentes, você sempre cresce né, você sempre evolui de algum jeito ou outro, então fico feliz de estar tendo todas essas oportunidades e tirando o melhor disso, me preparando como ser humano para vida. Então estou aproveitando, não é todo mundo que pode trabalhar com o que ama, eu faço isso e aproveito cada minuto”, afirmou o surfista.
Quando perguntado sobre uma possível nova estratégia para a final, Medina afirmou que sua única estratégia é... surfar!
“Na verdade, eu tenho que surfar né. Os 10 dias anteriores, 15 dias anteriores à competição que tem uma estratégia, que é trabalhar, treinar, se esforçar todos os dias, e esse trabalho eu fiz bem feito, agora é aproveitar e fazer o que eu mais amo, que é surfar, e claro, com vontade de ganhar né, que isso eu já acho que está no sangue, é natural, quando bota a lycra ali você esquece do mundo e só pensa em surfar e fazer o seu melhor a cada onda. Então essa vai ser minha estratégia”, revelou.
A etapa final do Circuito Mundial de surfe será disputada pelos cinco melhores surfistas do ranking durante o ano, que foram: o australiano Morgan Cibilic, o americano Conner Coffin, e os brasileiros Filipe Toledo, Italo Ferreira e Gabriel Medina.
Medina também projetou como acha que será a final e afirmou que segue na busca por uma nota 10, que segundo ele, não consegue tirar já faz um tempo.
Provavelmente vai ser uma final brasileira, eu acho, na minha opinião. Agora quem eu não sei, porque os dois surfistas que a gente tem, que é o Felipe e o Ítalo, são surfistas de alto nível, que tem a capacidade de ganhar um evento, um título, qualquer coisa, então vai ser uma bateria difícil”, projetou o surfista.
“Mas eu vou confiante, não pelos meus títulos mundiais, mas pelos meus treinos e pela minha dedicação, é isso que me dá confiança, então como eu falei, só quero aproveitar cada onda surfada e fazer o meu melhor, quero, se Deus quiser, tirar minha nota 10 nessa final, faz tempo que eu não tiro uma nota 10, tá difícil, mas se Deus quiser vai dar tudo certo”, completou.
Depois vieram as perguntas enviadas pela Rádio Jovem Pan. O surfista falou sobre o fato de o Brasil ter três representantes na final, algo inédito, que mostra como o país está se tornando uma nova potência na modalidade.
“Ter três brasileiros lutando pelo título, na verdade acho que não teve nem em sonho né? É muito legal ver onde o Brasil chegou, e muito feliz de estar entre esses três nomes, e claro temos outros brasileiros, mas agora a gente está falando de título mundial, a gente chegou nesse ponto que é o grande final, então fico feliz de estar entre, são caras que eu respeito, admiro, e evoluo com eles, assistindo, competindo. Então acho que o Brasil deveria estar muito orgulhoso por ter esses atletas no Circuito Mundial”, elogiou.
Por fim, o número um do ranking mundial falou sobre como está sua expectativa para ir em busca de seu terceiro título mundial e como foi sua preparação para a disputa.
“Muita coisa mudou na minha vida né, então esse terceiro título mundial significaria muito para mim. É difícil sair da zona de conforto e se superar e eu acho que ganhando esse título mundial eu sentiria isso. [...] Tem sido irado, esse ano vivi momentos incríveis né, aprendi muito, conhecendo pessoas, viajando, tendo diferentes experiências do que eu estava acostumado a ter, e isso já vale para caramba. Agora é aproveitar o momento [...] e com a vontade de ganhar, que eu tenho e as coisas vão acontecer”, começou dizendo.
“Eu me preparei bastante né, sei que o campeonato é grande e chegamos na fase final, não tem o que fazer. Então procurei me preparar o máximo possível, por isso eu me sinto confiante. [...] Nesse momento, eu me sinto preparado para qualquer situação dentro de uma bateria e fico feliz de ter alcançado esse objetivo, porque é difícil às vezes né? As vezes a cabeça, o corpo, mas feliz que tudo está respondendo, e fisicamente eu acho que é a minha melhor vez que chego para uma final”, completou.