Gerson chora, relembra a origem do 'vapo' e se despede do Flamengo: São referências dentro e fora de casa
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E o coração do torcedor começa a ficar apertadinho à medida que a hora do jogo contra o Fortaleza vai chegando, e com ela, a despedida de Gerson do Flamengo também. Nesta quarta-feira, 23, às 19h (horário de Brasília), o volante faz seu último jogo com a camisa Rubro-Negra.
Para deixar tudo com mais clima de um adeus, o Flamengo organizou uma conversa entre seus atletas, e Gerson. Nomes como Diego, Diego Alves, Filipe Luís, Bruno Henrique, Gabriel Batista e Hugo Moura participaram da homenagem ao criador do "vapo".
Nesta terça-feira, 22, o volante relembrou, ao lado dos amigos, momentos importantes na carreira que fora vividos na equipe Rubro-Negra, e ainda contou qual foi a origem do tão famoso "vapo", que foi protagonizado até mesmo por Jorge Jesus.
Ao longo da conversa, Gerson também falou sobre o apelido de "coringa", que marcou sua passagem pelo Ninho do Urubu, e as muitas posições em que atuou.
"Só faltou zagueiro, lateral e goleiro. Diego Alves de vez em quando não pula no gol. Se precisar, vou bem no gol (risos)", brincou.
Depois de um bom tempo de conversa, não foi fácil segurar a emoção, e chorando, Gerson agradeceu aos companheiros por esse tempo de parceria, e conquistas com a camisa Rubro-Negra.
"Fico emocionado lembrando as coisas que eu já passei na vida e agora poder escutar palavras de pessoas muito importantes, que são referências dentro e fora de casa, ídolos para muitas pessoas. São palavras que vou levar para o resto da vida e só posso agradecer", disse.
Pelo Flamengo, Gerson entrou em campo 108 vezes e marcou sete gols. O jogador se consagrou foi bicampeão carioca, bicampeão do Brasileirão, bicampeão da Supercopa do Brasil, campeão da Libertadores e campeão da Recopa.
Além disso, Gerson contou como era sua relação com o então treinador do time, Jorge Jesus. O volante revelou que quando estava na Itália, até pensou em largar o futebol, mas as palavras de incentivo do Mister foram essenciais.
"O Mister fez um esforço muito grande para eu jogar no Flamengo. Me ligava diariamente, falava que contava comigo no Flamengo, estava largado na Itália, pensava em deixar o futebol de lado, mas ele me passava confiança. A Roma tinha dito que não contava comigo na temporada, não tinha muito clube para eu ir, e ele disse: 'Se eles não contam contigo aí, eu conto contigo aqui'. Fiquei muito feliz pela confiança no meu futebol", lembrou.
Sobre o famoso "vapo", Gerson contou que a ideia também surgiu na Itália, mas como por lá estava vivendo uma seca de gols, a "estreia" dele foi aqui no Brasil, e virou um sucesso logo de primeira.
"Estava na Itália há muito tempo sem fazer gol, a bola não entrava. Conversando com meus parceiros e um amigo meu deu a ideia de comemorar como se tivesse cortando o pescoço dos caras, executando. Mas nada de o gol sair. Vim para cá, no meu terceiro jogo, primeiro no Maracanã, trouxe para dentro e chutei. Fiquei tonto. Corri para cá, para lá e meti o vapo", contou.