Os Símbolos Olímpicos - Parte I
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A Bandeira Olímpica
Em uma carta de 1913, o Barão de Coubertin desenhou o símbolo olímpico. Os cinco anéis entrelaçados de iguais dimensões, da esquerda para a direita, os anéis azul, preto e vermelho na parte superior, e os anéis amarelo e verde na parte inferior.
Na 16ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizada em Paris no ano 1914, que celebrou o vigésimo aniversário de criação do COI, ele apresentou a bandeira olímpica com os cinco anéis aplicados em um fundo branco sem nenhuma borda.
Segundo Coubertin, a bandeira representa a união dos cinco continentes e o encontro de atletas de todo o mundo. Com os cinco anéis representando os cinco continentes, sem especificamente uma cor para cada continente.
As seis cores da bandeira olímpica foram escolhidas porque, pelo menos, uma dessas cores podia ser encontrada na bandeira de cada nação do mundo e com a combinação das seis cores, era possível colorir as bandeiras de todas as nações do mundo.
A bandeira tremulou pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1920, na cerimônia de abertura da VII Olimpíada da era moderna, na cidade de Antuérpia na Bélgica.
Na cerimônia de abertura, oito atletas do país sede carregam a grande bandeira olímpica que fica hasteada no ponto mais alto do grande mastro do Estádio Olímpico, durante toda a competição, sendo arriada na cerimônia de encerramento.
Ainda no encerramento, uma bandeira olímpica em tamanho normal é entregue pelo prefeito da cidade-sede dos Jogos que estão acabando para o prefeito da cidade que receberá os próximos Jogos. E as três bandeiras, a olímpica, do país anfitrião e a do próximo país a receber os jogos, são hasteadas lado a lado.
Porta-Bandeiras do Brasil nos Jogos
Ano | Cidade | Atleta | Esporte |
de 1896 a 1912 | o Brasil não participou. | ||
1920 | Antuérpia | Afrânio Antonio da Costa | Tiro |
1924 | Paris | Alfredo Gomes | Atletismo |
1928 | o Brasil não participou. | ||
1932 | Los Angeles | Antonio Pereira Lira | Atletismo |
1936 | Berlin | Sylvio de Magalhães Padilha | Atletismo |
1948 | Londres | Sylvio de Magalhães Padilha | Atletismo |
1952 | Helsinque | Mario Jorge da Fonseca Hermes | Basquete |
1956 | Melbourne | Wilson Bombarda | Basquete |
1960 | Roma | Adhemar Ferreira da Silva | Atletismo |
1964 | Tóquio | Wlamir Marques | Basquete |
1968 | Cidade do México | João Gonçalves Filho | Polo Aquático |
1972 | Munique | Luiz Cláudio Menon | Basquete |
1976 | Montreal | João Carlos de Oliveira | Atletismo |
1980 | Moscou | João Carlos de Oliveira | Atletismo |
1984 | Los Angeles | Eduardo Souza Ramos | Vela |
1988 | Seul | Walter Carmona | Judô |
1992 | Barcelona | Aurélio Fernandes Miguel | Judô |
1996 | Atlanta | Joaquim Carvalho Cruz | Atletismo |
2000 | Sydney | Sandra Pires | Vôlei de Praia |
2004 | Atenas | Torben Grael | Vela |
2008 | Pequim | Robert Scheidt | Vela |
2012 | Londres | Rodrigo Pessoa | Hipismo |
2016 | Rio de Janeiro | Yane Marques | Pentatlo Moderno |
Curiosidade: A primeira bandeira olímpica original sumiu
Ao final dos Jogos de 1920, a bandeira olímpica original sumiu. Em 1997, durante uma cerimônia promovida pelo COI, quando um repórter mencionou seu desaparecimento, o americano Hal Haig Prieste, bronze na prova da plataforma dos Saltos Ornamentais, disse: “eu posso ajudar, ela está na minha mala. Eu subi no mastro e a levei para casa.”
A bandeira original está exposta no Museu Olímpico com uma placa de agradecimento a Prieste pela “doação”.
A Crença Olímpica
Durante um ato religioso, realizado em 1908, na Catedral de São Paul em Londres, o bispo Ethelbert Talbot da Igreja Episcopal proferiu as seguintes palavras: “A lição real de Olímpia é que os Jogos são melhores que a competição e que a vitória. Apenas um recebe a coroa de louros, mas todos podem compartilhar igualmente a alegria de competir. Devemos incentivar os esportes justos e limpos”.
Inspirado nessas palavras, o Barão de Coubertin criou para os Jogos de Londres – 1908, a crença olímpica: “O mais importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas participar. O essencial não é conquistar, mas competir bem”.
O Lema Olímpico: “Citius, Altius et Fortius”
Escrito em latim, o lema: “Citius, Altius et Fortius” que significa: “mais rápido, mais alto e mais forte”, foi criado em 1891, pelo padre dominicano naturalizado francês Henri Didon e adotado pelo movimento olímpico desde 1896.
O lema representa a busca da melhoria constante, a ânsia do ser humano pela superação de limites através da prática desportiva e simboliza o espírito olímpico esportivo da excelência.