Vasco: Sá Pinto responde Leandro Castan e gera polêmica
Sportbuzz
Demitido pelo Vasco em dezembro de 2020, Ricardo Sá Pinto ainda é um assunto que reverbera nos bastidores do Cruzmaltino. Em entrevista para o site "Globo Esporte", o treinador português abriu o jogo sobre sua relação com Leandro Castan e também as recentes declarações do zagueiro, que não foram muito amigáveis.
"A grande decepção para mim foi o nosso capitão. Recentemente, ele deu algumas declarações. Eu mesmo liguei e disse a ele que não tinha entendido o que ele queria dizer com a entrevista". afirmou o português, que ainda seguiu revelando detalhes de sua conversa com Leandro.
"Ele me disse que não queria falar, como se tivesse sido obrigado a dar a entrevista. Mas também me disse que achava que aquilo tinha acontecido. Bem, ele deu a opinião dele de que eu não conhecia os jogadores. Uma coisa importante: antes de assumir o Vasco, eu vi não sei quantos jogos do Vasco. Até escolhi jogos de jogadores que tinham jogado apenas um jogo, como o caso do Juninho. Fui ver as características dele, era um jogador com enorme talento, por exemplo", seguiu.
Ricardo Sá Pinto fez questão de se defender sobre as acusações de que não conhecia o Vasco e contou que sempre buscou aprender em relação ao time antes mesmo de sua chegada. Além disso, o treinador contou que Leandro Castan foi um dos primeiros a mandar uma mensagem depois de sua saída do clube carioca.
"Tinha uma senhora, Maíra, a psicóloga do Vasco. Grande profissional. Ela me entregou um dossiê de cada jogador. Eu não posso falar de uma forma igual a todos. Para cada jogador, eu tenho de falar de uma forma. Houve um cuidado de conhecê-los. Quando eu chego a uma equipe, faço questionários para saber a expectativa dos jogadores, seus objetivos, os pontos fortes e fracos, o que eles querem. Tenho tudo guardado, tudo arquivado. Portanto, eu conhecia os jogadores na perfeição", afirmou.
Ele ainda seguiu: "Quando o Castan diz que eu não conhecia os jogadores, eu não tenho vontade de rir. É de chorar. É uma tristeza. Quando eu saí, a primeira mensagem que eu recebi foi do Castan. Ele disse que era uma pena, que era injusto e pediu desculpas por não estar no melhor nível. Ainda tenho a mensagem guardada, portanto, fiquei surpreso com essas declarações".
"Não foi só isso. Fiquei triste com outra coisa. Um capitão tem de ser a extensão do treinador no vestiário e no campo. Na tristeza, na alegria, no trabalho, na cobrança, na vitória. Eu sempre disse isso, até porque tínhamos um elenco desequilibrado, muito jovem. Tinham grupinhos dos mais jovens, dos mais velhos, dos estrangeiros. Havia uma diferença. Era muito importante que ele ajudasse a liderar isso. Eu alertei a ele de vários casos, tive 50 mil conversas com ele", finalizou.