Wallace Santos quebra recorde mundial na classe F55, e é ouro no arremesso de peso nas Paralimpíadas!
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Mais ouro para o Brasil, e dessa vez com quebra de recorde! Nesta sexta-feira, 27, Wallace Santos tentou seis vezes escrever seu nome na história do arremesso de peso das Paralimpíadas, mas para deixar tudo mais tenso, ele conseguiu justamente na última chance que tinha.
Nas primeiras rodadas, Wallace Santos havia garantido a liderança parcial, mas foi na última investida que além de quebrar o recorde mundial da classe F55, para atletas cadeirantes, ele garantiu mais um ouro para o atletismo brasileiro nas Paralimpíadas de Tóquio.
Dessa forma, a medalha foi conquistada com a marca de 12,63m, 16 centímetros a mais do que o recorde anterior, pertencente a Ruzhdi Ruzhdi desde 2017. Desta vez, o búlgaro ficou com a prata, com 12,19m, e o polonês Lech Stoltman, com 12,23m completou o pódio.
Para se ter uma ideia do atletismo brasileiro, este foi o quarto ouro do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio somente no primeiro dia de competições.
Antes, pela manhã, Silvânia Costa se tornou bicampeã do salto em distância T11, enquanto Yeltsin Jacques venceu os 5.000m. Já de noite por lá, Petrúcio Ferreira foi bicampeão dos 100m T47, mesma prova em que o Brasil foi bronze com Washington Júnior.
A disputa de Wallace
Na classe T55 do arremesso de peso das Paralimpíadas, os atletas fazem todos os seis arremessos em sequência, antes que a vez seja passada para o adversário seguinte.
Assim, Wallace foi o segundo na ordem da final. Começou com um arremesso de 12,15m, que o colocou direto na liderança. Depois de queimar a segunda tentativa, ele passou da barreira dos 12 metros em três das quatro últimas chances, e na final, fez a marca que o consagrou, 12,63m.
Como já estava escalado no começo da disputa, Wallace teve que ter paciência, e segurar a ansiedade enquanto os outros seis adversários faziam suas marcas. Lech e Ruhzdi foram o penúltimo e o último a arremessarem, e subiram para a terceira e segunda posições.
Sendo o décimo colocado na Rio 2016, Wallace foi campeão nos Jogos Parapan-Americanos de Lima.
A lesão sofrida por ele foi decorrência de um grave acidente de trabalho sofrido em 2007, quando trabalhava em uma empresa de ônibus e estava embaixo de um macaco hidráulico que não suportou o peso de um dos veículos e cedeu.
Com isso, ele acabou fraturando uma vértebra da coluna e ficou paraplégico, o que o tornou elegível para competir na classe T55 quando ele conheceu o esporte paralímpico.