Saiba como se proteger do FMWhatsApp, programa que pode prejudicar usuários de WhatsApp
33giga
A empresa de cibersegurança e privacidade digital Kaspersky identificou um mod malicioso do WhatsApp Messenger em circulação. Conhecido como FMWhatsApp, ele é uma modificação não-oficial do aplicativo.
A aplicação FMWhatsApp, de acordo com a empresa de segurança, contém um trojan chamado Triada Ele pode exibir anúncios, realizar assinaturas não solicitadas e interceptar SMSs das vítimas.
De acordo com as detecções da empresa entre janeiro de 2020 e agosto de 2021, o México e o Brasil são os países latino-americanos onde o trojan está mais ativo com 2.474 e 2.327 bloqueios no período. No ranking global, os países ocupam a 6ª e 7ª posições respectivamente. A ameaça ainda está presente na Venezuela (690), Colômbia (636), Peru (362), Argentina (311), Equador (226) e Chile (160).
Este malware atua como um intermediário. Primeiro, ele coleta dados da vítima e depois, sob comando do criminoso, baixa outros malware para o dispositivo, que exibirão anúncios indesejados, efetuarão o login na conta WhatsApp, efetuarão assinaturas em nome da vítima e interceptarão as mensagens SMSs, deixando a vítima vulnerável a atividades ilegais.
Quando baixado pela Triada, o Trojan MobOk abre uma página de assinatura em uma janela invisível e faz com que o usuário clique no botão "Assinar".
A versão maliciosa do FMWhatsApp baixa malware como:
- Trojan-Downloader.AndroidOS.Agent.ic: para baixar e executar outros módulos maliciosos;
- Trojan-Downloader.AndroidOS.Gapac.e: para baixar e executar outros módulos maliciosos e poder exibir anúncios em tela inteira em momentos inesperados;
- Trojan-Downloader.AndroidOS.Helper.a: para baixar e executar o trojan xHelper e exibir anúncios invisíveis em segundo plano;
- Trojan.AndroidOS.MobOk.i e Trojan.AndroidOS.Subscriber.l: para realizar assinaturas pagas não solicitadas;
- Trojan.AndroidOS.Whatreg.b: o mais complexo da lista, faz login na conta do WhatsApp no telefone da vítima, interceptando o texto de confirmação de login. O dispositivo pode então se tornar um local para vários tipos de atividades ilegais, como distribuição de spam ou comércio ilegal.
"Algumas pessoas buscam essas versões modificadas do app para habilitar funcionalidades que não existem na versão oficial. Da forma como o ataque é realizado, a vítima dificilmente reconhecerá o golpe, pois o mod realmente conta com funções adicionais", explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky.
"Esta não é a primeira vez que cibercriminosos usam malware disfarçado do WhatsApp em seus ataques. O trojan BRata já usa esta tática desde 2019. Para evitar ter o dispositivo infectado, recomendamos o uso de software oficial e o uso de uma solução de segurança no smartphone", completa o especialista.
Para ficar seguro, 33Giga e Kaspersky também recomendam:
- Evite instalar aplicativos de fontes não oficiais e use as configurações do seu dispositivo para negar permissão excessivas, solicitadas durante a instalação;
- Verifique quais permissões você concedeu aos aplicativos instalados, já que alguns podem representar uma ameaça real;
- Instale um aplicativo de antivírus para dispositivos móveis confiável em seu telefone e preste atenção aos avisos.