Testamos: smartphone na medida, Realme 7 agrada por preço e duração da bateria
33giga
O 33Giga avaliou, há algumas semanas, dois dos três smartphones que a fabricante chinesa Realme vende oficialmente no Brasil – o 7 Pro e o 7 5g. Faltava só o modelo de entrada, chamado simplesmente de Realme 7, que aparece como o melhor custo-benefício da marca (e, por conseguinte, dos telefones nas prateleiras brasileiras).
De forma geral, ele é bem semelhante aos irmãos. O Realme 7 tem hardware bom o suficiente para tarefas do dia a dia – como consumo de streaming, produção de conteúdo multimídia eventual, trabalho e estudo. Não engasga, não demora nas respostas e consome bateria com muito recato.
O uso da bateria de 5.000 mAh, aliás, é um de seus trunfos (inclusive se comparado aos outros modelos Realme avaliados pelo 33Giga). Longe da tomada, e em uso moderado, ele não pede recarga em menos de dois dias (em stand by, um mês). Uma vez zerado de energia, ao conectar ao carregador (super turbo), ele preenche em 50% sua carga em pouco mais de 20 minutos (para os 100%, são necessários mais 30 minutos). Ao lado do desempenho diário e da duração e tempo de carga da bateria, há ainda mais um ponto pragmático no qual o Realme 7 se sai muito bem (aliás, o último ponto objetivo ao lado dos dois anteriores): o valor. O modelo tem preços distintos apontados no site da Realme, nos e-commerce parceiros da marca chinesa Submarino e Americanas e em outras lojas e sites de leilão. Mas é encontrado a partir de R$ 1.699 sem dificuldade. [info_box title="Raio-X"] Sistema operacional: Android 10 Realme UI (atualizável para 11) Tela: 6,5 polegadas, com 1080 x 2400 pixel Armazenamento: 128 GB (expansível via Micro SD) Memória RAM: 8 GB Processador: 2x 2.05 GHz Cortex-A76 + 6x 2.0 GHz Cortex-A55; com chipset Helio G95 MediaTek Câmeras: 64 Mp + 8 Mp + 2 Mp + 2 Mp, com 9216 x 6912 pixel; filmagem em 4K Dimensões (LxAxP): 162,3 x 75,4 x 9,4 mm Peso: 196,5 g Bateria: 5500 mAh; com supercarregador de 30W O que anima: ótimo desempenho; belo preço pelo que oferece; duração da bateria O que decepciona: esquenta ao carregar, não tem versão nativa para Brasil; apps não tradicionais para o mercado nacional Preço (a partir de): R$ 1.699 Site oficial: aqui [/info_box] Os pontos negativos do telefone chamam a atenção pela esquisitice deles. Ao mesmo tempo que, na caixa, há um supercarregador, película e capinha, o telefone vem sem fones de ouvido. Claro que pode ser uma tática para que o usuário adquira os modelos da empresa. Além disso, uma vez ligado, o consumidor terá de levar algum tempo para se adaptar ao telefone ou deixá-lo customizado. Como o Realme 7 é Android (o modelo avaliado pelo 33Giga foi atualizado com a versão 11 do sistema), não há muito segredo em operá-lo. Entretanto, diferentemente do 7 Pro, o smartphone vem com uma série de apps embarcados que não fazem parte do dia a dia dos brasileiros. Um do que mais chama a atenção é o (divertido até) superapp Yandex, espécie de faz tudo desenvolvida na Rússia – tem buscador, indicador de clima, navegador padrão, o diabo. Além disso, embora a interface esteja em português, o modelo não tem a opção de configuração padrão para o Brasil. Claramente, ele não foi desenvolvido para o País, mas adaptado (será?) para o mercado nacional. Exceção a essas pequenas bobagens (contornáveis), o Realme 7 se mostra das melhores opções entre os chamados (expressão besta, mas vamos a ela) "intermediários top". Por R$ 1.700, para quem procura um smartphone cumpridor, vale a compra.