TikTok: aparentemente, a novela chegou ao fim
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*Por Vivaldo José Breternitz
Os últimos meses da administração Trump foram marcados por acusações feitas pelo ex-presidente contra as rede sociais de origem chinesa, TikTok e WeChat. Ambas têm um grande número de usuários nos Estados Unidos.
Basicamente, Trump as acusava tanto TikTok como WeChat de espionagem e emitiu ordens executivas exigindo que fossem vendidas; caso contrário, seriam banidas dos Estados Unidos.
Agora, o presidente Joe Biden revogou essas ordens executivas. Ele determinou que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos deve avaliar regularmente os aplicativos vinculados a potenciais adversários estrangeiros, como a China. E, com isso, tomar providências caso apresentem "riscos inaceitáveis" à segurança nacional.
Na ocasião, houve uma corrida de empresas americanas tentando comprar o TikTok. A Oracle e o Walmart, em parceria, negociaram com a ByteDance, dona da rede. Tinha-se a impressão de que Trump aprovava a operação, que acabou não sendo concluída até que ele deixasse o cargo.
Quando Biden venceu a eleição, o assunto entrou em compasso de espera, enquanto a nova administração analisava os riscos de segurança gerados pelo TikTok, WeChat e outros aplicativos de propriedade chinesa.
Essa análise parece ter concluído que também nesse assunto Trump mentiu, e as empresas TikTok e WeChat obtiveram sinal verde para continuar operando nos Estados Unidos.
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*Vivaldo José Breternitz, doutor em ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.