10 anos de Tim Cook: veja a evolução da Apple no período
Tecmundo
Em 24 de agosto de 2011, há exatos 10 anos, o executivo Tim Cook se tornou CEO da Apple, após Steve Jobs renunciar ao cargo. Durante a última década, a companhia lançou uma geração de produtos memoráveis e se tornou a 1ª empresa privada a alcançar um valor de mercado de US$ 1 trilhão.
Apesar da árdua tarefa de substituir um dos empresários mais importantes e bem-sucedidos de todos os tempos, Cook lidou bem com a missão e tornou a Apple uma marca que é sinônimo de qualidade. Além disso, o executivo redirecionou a companhia para garantir crescimento fora do mercado de produtos, investindo em uma gama de serviços que levam o logo da Maçã.
Veja, a seguir, um pouco da trajetória e dos fatos mais relevantes que marcaram os 10 anos de Tim Cook no comando da Apple.
Valor de mercado
A Apple já era uma gigante antes de Tim Cook substituir Steve Jobs. Ao final de 2011, a companhia valia aproximadamente US$ 370 bilhões. Em agosto de 2018, a marca alcançou um valor de mercado (que soma todas as ações da empresa) de US$ 1 trilhão. A empresa não parou por aí e bateu o número inimaginável de US$ 2 trilhões no ano passado.
Atualmente, ela é a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, sendo estimada em US$ 2,4 trilhões (cerca de R$ 12 trilhões na conversão direta). A Maçã está à frente de outras concorrentes de peso, como Microsoft, Amazon e Google.
Receita
O salto nos números também se deu na receita da empresa. Enquanto divulgou um valor de US$ 28,5 bilhões em vendas no 3° trimestre fiscal de 2011, no mesmo período em 2021 os valores chegaram a US$ 81,4 bilhões.
Sozinho, o iPhone foi responsável por uma receita de US$ 39,6 bilhões, mais do que todo o valor que a marca arrecadava há 10 anos, quando Tim Cook assumiu o cargo de CEO.
Preço das ações
As cifras superlativas da Apple também estão, obviamente, no mercado de ações e fazem a alegria de investidores. Se algum felizardo apostou na troca de comando da empresa lá em 2011 e resolveu investir US$ 1 mil em ações da empresa, nesta terça-feira (24) as ações valeriam nada menos do que US$ 16,8 mil (cerca de R$ 88,5 mil na cotação atual). O retorno foi de mais 32% por ano.
Apesar dos bons rendimentos e retorno quase garantido, a Apple tem adotado uma estratégia diferente nos últimos anos no comando de Tim Cook. A empresa tem recomprado as próprias ações no mercado. O CFO da companhia, Luca Maestri, disse que somente em julho deste ano foram gastos mais de US$ 450 bilhões em recompras de dividendos.
Inovação em produtos
Um dos maiores desafios de Cook foi manter a qualidade dos produtos da marca, já que Steve Jobs sempre foi e continua sendo uma referência no quesito. Apesar de não ser tão bom igual ao falecido amigo e colega de trabalho, Cook conseguiu lançar produtos importantes na indústria.
Entre os mais notáveis estão o Apple Watch e os AirPods. O primeiro foi lançado em 2015 e se tornou um dos devices mais importantes na categoria de smartwatches. Apesar de não revelar o número de unidades vendidas, uma empresa que realiza pesquisas de mercado afirma que a companhia vendeu cerca de 33,9 milhões de relógios inteligentes em 2020. O número a deixaria na liderança do setor, muito à frente da Huawei, que vendeu 11 milhões de relógios no período.
Já os AirPods viraram referência no setor de fones de ouvido sem fio e explodiram em popularidade. Lançados em 2016, a revenda dos produtos gera mais receita do que empresas inteiras juntas. De acordo com estimativas de mercado, os fones geraram US$ 12 bilhões em 2019, o que representa um valor maior do que toda a receita alcançada por Spotify, Twitter, Shopify e Snap juntas no período.
Aposta em serviços
Uma das medidas comerciais que alavancou o crescimento no valor de mercado da Apple foi a maior aposta em serviços. Além das tradicionais linhas de produtos eletrônicos, a marca tem assinaturas pagas como iCloud, Apple Music, App Store, Apple News+ e outros.
Para concorrer com a Netflix, que domina há alguns anos o setor de streaming de séries, filmes e documentários, a Apple lançou, em 2019, a Apple TV+. Apostando em produções originais como Ted Lasso, Little America, For All Mankind, See, Servant, Hala e outros. O investimento tem dado retorno, já que as produções do streaming foram indicadas a 35 prêmios Primetime Emmy Award neste ano.
No ano fiscal de 2011, o setor de serviços da Apple gerou US$ 2,9 bilhões em receita. O número saltou para US$ 53,7 bilhões no ano fiscal de 2020, um aumento de incríveis 1.751% no período.