Afinal, qual é a diferença entre dólar comercial e o dólar turismo?
Tecmundo
A variação do preço do dólar interfere diretamente na vida de todos os brasileiros, afetando da farinha de trigo às compras online . No entanto, nem sempre está clara a diferença entre o dólar comercial e o dólar turismo.
Ainda que ambas as cotações influenciem tanto a macroeconomia do país quanto elementos básicos da vida cotidiana, é importante esclarecer as principais diferenças e aplicações de cada operacionalização do dólar e como elas afetam a população geral.
Compra e venda de dólar
Todas as operações de compra e venda de dólar são regulamentadas pelo Banco Central , e sua comercialização por meios clandestinas configura operação de dólar paralelo, considerado crime de evasão de divisas.
Apenas instituições autorizadas pelo Banco Central podem comprar ou vender dólar
A principal diferença entre dólar comercial e turismo é que o primeiro só pode ser operado por instituições financeiras ou empresas. Dessa forma, apesar de mais barato que a categoria turismo, não é possível que pessoas físicas comprem ou vendam moeda estrangeira pelo valor comercial.
Por que o dólar turismo é mais caro?
A cotação do dólar turismo é sempre mais alta, pois existe um custo operacional envolvido para assegurar a transação entre as instituições e o consumidor, mas está mais sujeita a flutuação diária dependendo da demanda do mercado.
Além das taxas de movimentação da moeda, existe o custo de logística, transporte e segurança do dinheiro em espécie, a margem de lucro da instituição, e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que varia conforme o tipo de transação:
- em espécie: 1,1%;
- cartão de crédito: 6,38%;
- cartão de débito: 6,38%;
- transferências internacionais por meio da plataforma digital: 0,38%.
Evidentemente, compras de dólar em espécie em casas de câmbio utilizam o dólar turismo, mas isso se aplica também a todas as operações efetuadas no exterior , inclusive contratação de serviços digitais ou compras com cartões pré-pagos de viagem.
Para quem mora ou investe no exterior
No caso de brasileiros expatriados que enviam remessas para o Brasil , a taxa de conversão também é baseada no dólar turismo, mas valor incide de taxas que variam entre as plataformas, além do IOF.
O mesmo vale para investidores com conta em corretoras como a Avenue, por exemplo. Uma vez que o dinheiro está na sua conta, as transações são idênticas às do Brasil, mas resgates e transferências são convertidos baseados na cotação turismo.
Além da cotação da moeda, tarifas para remessas variam de acordo com cada plataforma
Isso inclusive, é um item importante de se atentar na hora de escolher qual plataforma utilizar. Tanto para investimentos quanto para remessas, é recomendado buscar empresas que sejam claras sobre o Valor Efetivo Total (VET).
De maneira geral, o prazo de liquidez dos valores transferidos é de 48 horas, e o ideal é buscar plataformas que ofereçam um VET com boa média limite de variação e valor garantido bem evidente no momento da transação.
Ainda vale a pena guardar dólar?
Por ser utilizado para balizar a economia mundial, o dólar é sempre uma boa opção de investimento. No entanto, é importante frisar que o dinheiro em espécie está sempre sujeito a mais riscos, como acidentes, pragas domésticas, furtos, entre outras.
Comprar dólar ainda é um investimento seguro, mas dinheiro em espécie oferece mais riscos
Sendo assim, com casas de câmbio, contas e corretoras digitais, o ideal é aproveitar períodos de queda para comprar dólar sem sair de casa. Algumas plataformas aceitam pagamentos via boleto , oferecendo mais opções de aproveitar condições de compra melhores.