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Alzheimer: mutação genética no cérebro pode reduzir risco da doença
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Alzheimer: mutação genética no cérebro pode reduzir risco da doença

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Tecmundo
19/02/2022 12h30
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Em um tempo no qual qualquer menção a “mutações” em notícias científicas pode representar um pesadelo quando se trata da pandemia do coronavírus, biólogos da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), nos Estados Unidos, detectaram uma mutação genética benigna. Trata-se da variação do gene PLCG2, conhecida como P522R, que orienta a produção de micróglia, uma enzima importante para as células do sistema imunológico cerebral.

Ocorre que a micróglia está fortemente ligada à evolução e ao agravamento da doença de Alzheimer (DA). De acordo com o pesquisador sênior do estudo, o neurobiólogo Hayk Davtyan, a P522R "mostrou reduzir o risco de desenvolver Alzheimer de início tardio”. Isso acontece porque a mutação eleva os níveis de diversos genes microgliais, "que são reduzidos em pessoas com Alzheimer". 

Fonte: Pixabay/Pexels/Reprodução.Fonte: Pixabay/Pexels/Reprodução.

O estudo da mutação que protege o cérebro do Alzheimer

Para explicar de que forma a mutação protetora é capaz de reduzir o risco de Alzheimer, os cientistas utilizaram a tecnologia de edição genética CRISPR para gerar a variante P522R em células-tronco humanas. A micróglia resultante desse processo foi então implantada em modelos de camundongos geneticamente modificados para a doença humana. 

De acordo com o estudo, "os achados em camundongos com DA quiméricos demonstram pela primeira vez que a variante PLCG2-P522R aumenta a capacidade da micróglia humana de apresentar antígenos, um estado microglial que recentemente demonstrou ser reduzido em cérebros de pacientes com DA, indicando a natureza protetora desta variante."

A implantação da mutação aumentou também o número dos linfócitos T, as células do sistema imunológico, no cérebro. Esses resultados podem orientar estudos adicionais para se entender de que forma a micróglia, aliada às células T, consegue retardar a progressão do Alzheimer. O próximo passo seria identificar drogas com potencial para aumentar com segurança a atividade da PLCG2 para estimular as funções microgliais protetoras.

ARTIGO Alzheimer’s and Dementia: doi.org/10.1002/alz.12577

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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