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ARM apresenta 'chip de plástico' e promete mudar Internet das Coisas
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ARM apresenta 'chip de plástico' e promete mudar Internet das Coisas

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Tecmundo
31/07/2021 15h00
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Pesquisadores da ARM  e da PragmatIC revelaram, em 21 de julho, uma tecnologia que promete demonstrar todo o potencial da Internet das Coisas  (IoT). Se, atualmente, encontramos chips em dispositivos que, há alguns anos, não imaginaríamos carregá-los, em breve tais componentes poderão estar presentes em muito mais itens. Conheça o PlasticARM, processador flexível baseado em plástico e o mais complexo equipamento do tipo desenvolvido até então.

Em artigo publicado na revista científica Nature  neste mês, a companhia apresentou o protótipo, que possui uma CPU Cortex-M0  inédita de 32-bits, 456 bytes de memória ROM e 128 bytes de memória RAM. Aliás, a expectativa é de que, com a evolução dos estudos, ações como imprimir essas pecinhas em diversos materiais, a exemplo de papel, e integrá-las a superfícies variadas com investimentos baixíssimos (centavos) se tornem realidade.

ARM chipChip baseado plástico revolucionará IoT, defende ARM

Como era de se imaginar, por enquanto, o cenário descrito não passa de um sonho, já que os chips estão longe de garantir funcionalidades semelhantes às oferecidas por soluções de silício . No estágio em que se encontram, seus circuitos são capazes de executar apenas programas de teste criados exclusivamente para avaliações de construção. De todo modo, a equipe por trás do projeto afirma que se dedica a novas versões, nas quais poderá instalar códigos inéditos.

"Milhões de objetos do dia a dia, como embalagens de alimentos, roupas e bandagens, poderiam se beneficiar da inclusão de inteligência . Mesmo que os microprocessadores estejam no centro de cada dispositivo eletrônico e que os custos unitários tenham sido drasticamente reduzidos ao longo do tempo, os valores relacionados a eles podem ser um dos desafios para certas aplicações de alta demanda. Designers precisam procurar métodos e materiais alternativos", destaca a ARM em seu anúncio.

Por que e para o quê?

James Myers, engenheiro da empresa, disse à revista britânica NewScientist não acreditar que os chips em questão substituirão facilmente aqueles dos quais dispomos hoje em dia. Dentre suas desvantagens, exemplifica, está o consumo ineficiente de energia  – com perda de 99% daquilo que exigem (21 miliwatts). Além disso, quando comparados aos disponíveis na indústria, são muito maiores; para o desempenho que possuem se igualar ao do Cortex M0 tradicional, teriam de "crescer" 1.500 vezes.

Ainda assim, de acordo com o profissional, o benefício dos componentes reside nos objetivos para os quais são destinados. "Se vou colocá-los em alfaces para monitorar a vida útil dos vegetais, vêm bem a calhar", afirmou. John Biggs, também engenheiro da big tech, vai além, pois defende que a viabilidade comercial dos processadores de plástico, junto ao aprimoramento da técnica, se traduzirá em sensores e rótulos inteligentes que atenderão a inúmeros mercados.

Biggs prevê, com os dispositivos, ampliação de sustentabilidade, redução do desperdício de alimentos e promoção de economia circular. "Pessoalmente, acho que a área de saúde seria a mais impactada. Esta tecnologia realmente vai ao encontro da construção de sistemas de monitoramento descartáveis e inteligentes que podem ser aplicados diretamente na pele", disse o pesquisador.

ARM chipProtótipo da nova tecnologia ainda é modesto

Bilhões de chips por aí

Pequenas ambições? Não para a ARM. Afinal, a companhia alega estar inaugurando a possibilidade de integração bilhões de microprocessadores ultrafinos e adaptáveis a itens encontrados na rotina de qualquer pessoa por um custo extremamente baixo. Isso porque substratos alternativos como base de chips maleáveis, aliados a semicondutores finos, sejam orgânicos  ou não, garantem espessura e adaptabilidade sem precedentes.

"Ainda estamos desvendando no que aplicá-los, assim como as mentes por trás do processador original na década de 1970 o fizeram com sua criação. Embalagens inteligentes? Sensores de gás que podem dizer se é seguro ou não comer algo? Que tal adesivos vestíveis de saúde? Bem, os projetos aos quais nos dedicamos são, certamente, divertidos", finaliza Myers.

Artigo Nature: doi.org/10.1038/s41586-021-03625-w

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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