As cores de Van Gogh em Júpiter! Semana #AstroMiniBR
Tecmundo
Todos os sábados, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência, que é a mais antiga de todas.
Confira abaixo as principais publicações da semana!
#1: O maior planeta do Sistema Solar é digno de um quadro de Van Gogh!
As fotografias de Júpiter feitas pela sonda Juno da NASA certamente estão na galeria de imagens inesquecíveis! Atualmente fazendo sua jornada ao redor deste titã do Sistema Solar, a sonda Juno foi lançada há dez anos, em agosto de 2011, e entrou em órbita de Júpiter em 2016. Seu principal objetivo científico é investigar a origem e a evolução de Júpiter, estudando a dinâmica, as regiões polares, os campos gravitacionais e magnéticos e outras propriedades físicas do planeta. As diversas aproximações da sonda possibilitaram observações sem precedentes da atmosfera, da sua composição e do movimento das nuvens no planeta, revelando características fantásticas, capazes de fazer inveja a qualquer pintor impressionista!
#2: A fina camada do pálido ponto azul...
Assistir ao nascer do Sol é sempre um espetáculo para qualquer um, em qualquer canto da Terra, mas assistir a um do espaço com certeza é um show à parte. A Estação Espacial Internacional (mais conhecida pela sua sigla em inglês, ISS) orbita a Terra 15,5 vezes por dia a uma altitude média de 400 quilômetros. Os astronautas a bordo da ISS têm vistas privilegiadas do espaço e do nosso planeta constantemente, o que causa uma enxurrada de registros incríveis feitos tanto por eles mesmos quanto pelos instrumentos da estação. Na fotografia acima, é vista a costa do nordeste brasileiro à noite com as capitais iluminadas junto ao Oceano Atlântico. Não suficiente, vê-se também os efeitos dos primeiros instantes do nascer do Sol na atmosfera, a nossa fina camada azul que protege e possibilita a vida. É possível vê-la iluminada antes mesmo do Sol surgir no horizonte porque os raios solares já atingem as camadas mais altas da atmosfera, fazendo com que a luz seja dispersa na cor azul!
#3: A maior tempestade do Sistema Solar!
Conhecida como a Grande Mancha Vermelha, essa região de Júpiter é uma área intensa de alta pressão em sua atmosfera, produzindo uma tempestade anticiclônica que é, de longe, a maior do Sistema Solar. Localizada logo abaixo do equador de Júpiter, essa tempestade é tão grande que o planeta Terra inteiro caberia dentro dela! Além disso, produz ventos de velocidades altíssimas que podem chegar até 432 km/h! É uma das características mais marcantes do planeta e pode ser vista da Terra em observações amadoras com o uso de telescópios.
#4: O distante exoplaneta tipo super-Terra.
Chamado de Kepler-452b, este planeta orbita uma estrela cujo nome o batiza, a uma distância de 1400 anos-luz de nós. Embora já tenham sido detectados mais de 4 mil planetas fora do Sistema Solar, Kepler-452b carrega características que o tornam particularmente especial. Desses milhares de exoplanetas descobertos, está entre os 10 que possuem as características mais similares à da Terra até então: massa, tamanho, período orbital e posição relativa à sua estrela. Isso significa que o planeta possui, a princípio, características básicas que possibilitariam a existência e a permanência da vida em sua superfície como, por exemplo, uma localização ideal na zona habitável, que permitiria a existência de água em estado líquido, temperaturas amenas e componentes orgânicos que seriam blocos fundamentais na natureza!
#5: O impacto da poluição atmosférica no fenômeno astronômico mais corriqueiro...
O registro acima mostra um infeliz efeito da poluição atmosférica no céu. Feita em São José dos Campos, no interior do estado de São Paulo, a gravação deste pôr-do-Sol mostra a densa camada de fumaça que esconde o Sol quase completamente antes mesmo dele estar sob o horizonte, na Serra da Mantiqueira. Essa não é uma vista necessariamente incomum, principalmente em grandes cidades e em áreas afetadas por queimadas, mas, certamente, são grandes e preocupantes alertas!
#Bônus: A atividade solar está de volta!
Tá bom, não que o Sol tenha ficado inativo em algum momento dos seus mais de 4 bilhões de anos de idade, mas um tipo muito específico de atividade solar está voltando a ser visível! Um novo ciclo de manchas solares, que tem uma duração aproximada de 11 anos, tem começado a aparecer na superfície da nossa estrela. As manchas solares são efeitos temporários na fotosfera solar, delimitadas por áreas escuras que são significativamente mais frias que as áreas circundantes. A partir de agora, a observação dessas manchas será mais frequente, nesse período que é conhecido por alta atividade, até voltar novamente a um período de poucas ou até mesmo nenhuma mancha.
Ah! E só para não perder o costume de comparar tamanhos, muitas manchas são várias vezes maiores que a Terra!