Ataques cibernéticos podem provocar 'guerra real', adverte Biden
Tecmundo
Os ataques cibernéticos contra empresas, agências governamentais e de infraestrutura dos Estados Unidos, supostamente patrocinados por nações estrangeiras, podem levar a uma “guerra real” caso continuem a acontecer. O alerta foi dado pelo presidente americano Joe Biden nessa terça-feira (27).
“Se acabarmos em uma guerra, uma verdadeira guerra de tiro com outra grande potência, será como consequência de uma violação cibernética”, disse o mandatário. A fala surgiu em um discurso feito durante visita ao gabinete do Diretor de Inteligência Nacional.
A segurança cibernética tem ganhado muita atenção da administração Biden, após os ataques virtuais realizados no primeiro semestre contra importantes entidades do país, causando grandes prejuízos. Um deles foi contra a operadora de oleoduto Colonial Pipeline, interrompendo o fornecimento de combustível em parte dos EUA.
Os ciberataques têm preocupado Joe Biden.
Em outra campanha, a fabricante de software Kaseya teve seu sistema invadindo, afetando ao menos 1,5 mil empresas, inclusive de outros países, que precisaram paralisar as atividades. O frigorífico JBS e a desenvolvedora SolarWinds foram outros alvos recentes dos cibercriminosos.
Embora o presidente dos EUA não tenha citado os países com o qual a guerra cibernética poderia se transformar em um combate armado, ele já deu pistas em outras ocasiões. Anteriormente, a Rússia e a China foram acusadas por Washington de estarem envolvidas nos últimos ciberataques.
No caso do país europeu, o presidente Vladimir Putin foi avisado pessoalmente por Biden, em junho, que o governo americano responderia “com cibernética” se a infraestrutura crítica dos EUA fosse atacada novamente. Ele listou empresas dos setores de transporte, TI, saúde, energia e serviços financeiros, entre outros, como invioláveis.
Quanto à China, o Departamento de Justiça americano acusou formalmente quatro cidadãos do país asiático de serem os responsáveis por invasões e ataques ocorridos entre 2011 e 2018. Também foi alegado que eles teriam relação direta com o governo de Xi Jinping.