AzMina lança assistente virtual para combater violência contra a mulher
Tecmundo
A partir dessa semana, será possível contar com mais um apoio no combate à violência contra a mulher. O Instituto AzMina, organização sem fins lucrativos que luta pela igualdade de gênero, em parceria com o Twitter, lançou a assistente virtual Penha. O objetivo é que ela ajude, de forma simples e rápida, a identificar relacionamentos abusivos, orientar mulheres sobre seus direitos e quais os caminhos para interromper uma situação de violência de forma segura.
A Penha também vai indicar os serviços da rede de atendimento à mulher mais próximos, incluindo locais públicos de denúncia — como, Delegacias da Mulher, Defensoria Pública e Ministério Público —, assistência social, acolhimento — como, Casa da Mulher Brasileira e centro de referência da mulher — e, locais para tratar da saúde (unidades básicas de saúde e serviços de violência sexual e aborto legal).
AzMina engajará com o Twitter Brasil para levar mais visibilidade ao assunto #ChameAPenha
A assistente virtual foi batizada em homenagem à Lei Maria da Penha, que no próximo dia 7 de agosto completa 15 anos. Para desenvolver as interações para o serviço, o Instituto analisou centenas de atendimentos realizados nos últimos cinco anos e constatou que, entre os principais temas abordados, estão: dúvidas sobre se o que estão vivendo é ou não um relacionamento abusivo, quais são os tipos de violência contra a mulher previstos na lei brasileira, e onde buscar ajuda.
De acordo com Marília Moreira, gerente de projetos do Instituto AzMina, a parceria com o Twitter é estratégica e importante no contexto brasileiro. "As plataformas digitais são um espaço fundamental para a conscientização acerca da violência doméstica. Nos últimos anos, vimos crescer a confiança de mulheres no uso de aplicativos para o registro de denúncias de assédio e violências", explica.
Para receber um atendimento, basta enviar uma Mensagem Direta (DM) para o perfil @revistaazmina no Twitter. Marília conta como o serviço ajudará: "Na conversa com a Penha, a mulher vai saber mais sobre relacionamento abusivo, aprender como ajudar outra mulher nessa situação e receber orientações importantes de serviços gratuitos próximos a ela".
Pandemia
De acordo com um estudo do Observatório da Mulher Contra a Violência, houve um aumento no registro desses crimes no Brasil durante o período da pandemia da Covid-19. Isso porque as mulheres passaram a ficar 24 horas em casa, muitas vezes, com seus agressores.
"No contexto da pandemia, em que notamos o agravamento dos indicadores da violência de gênero, o acesso a informações e serviços online é fundamental. A parceria surge neste sentido, e reforça o compromisso que temos com o caráter cívico e de promoção de direitos humanos do Twitter", comenta o gerente de Políticas Públicas do Twitter no Brasil, Fernando Gallo.