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BaaS: serviços financeiros para todos
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BaaS: serviços financeiros para todos

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Tecmundo
02/03/2022 23h00
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Ontem, quando você fez uma corrida por aplicativo e realizou um pagamento pelo serviço, provavelmente nem se lembrou que isso já é feito automaticamente. Ou também nem percebeu ao pedir um lanche de casa pelo celular que tudo foi realizado sem você nem se preocupar com a etapa do pagamento. Ter um serviço financeiro já integrado com o aplicativo que você usa no dia a dia, já faz parte do nosso cotidiano.

Da mesma forma, hoje é possível ter um aplicativo de entregas que oferece também uma conta digital, um varejista que oferece cartão de crédito, uma fintech focada em empréstimos que passa oferecer novos serviços financeiros, como pagamentos da prestação. 

Banking as a Service (BaaS) ou banco como serviço é um modelo que vem ganhando cada vez mais força no Brasil e no mundo. Permite que serviços financeiros sejam ofertados por diferentes setores baseado no conceito de finanças embarcadas, “embebed finance” no seu termo original. Nesse setor, a empresa interessada em ofertar determinado produto ou serviço pode “alugar” a infraestrutura já desenvolvida por outra companhia. 

Uma das grandes vantagens deste modelo é a questão regulatória, que também é assumida pelo proprietário da tecnologia, que tem uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central para operar ou fornecê-la por meio de parcerias.

 

Serviços financeiros

 

Números mostram o quanto esse mercado, que era considerado uma tendência, vem se firmando como uma realidade. Segundo a Future Market Insights, o mercado de BaaS faturou em 2020 mais de US$ 2,5Bi e a expectativa é que em 2031 alcance nada menos que US$ 12,2Bi, crescendo a uma taxa média de 15,7% ao ano até lá. 

O mercado europeu talvez seja o que mais avançou neste segmento, muito em função da melhor estruturação regulatória com a GDPR (General Data Protection Regulation) e o pioneirismo com o Open Banking. Mas o Brasil em nada deve à Europa, também com o avanço da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e do Open Finance como uma pauta muito forte do regulador.

Com todo esse avanço, o consumidor é o maior beneficiário. Em um ambiente onde as empresas buscam oferecer mais disponibilidade de produtos e serviços financeiros, ofertados com maior facilidade e capilaridade, viabiliza-se a inclusão financeira da população e amplia-se o rol de opções.  O consumidor naturalmente vai selecionar aquele prestador de serviço que traz a experiência sem fricção, com menor esforço, mais fácil, mais simples e mais rápida.

Os serviços antes disponíveis apenas em ambientes bancários, passam a estar presentes onde os clientes estão. Utilizando tecnologias avançadas, como as APIs que integram os serviços, é possível embarcar um pagamento de conta de luz ou um pagamento via Pix em qualquer site ou aplicativo que esteja sendo utilizado para prestar serviços variados. 

Da mesma forma que uma pessoa sai do táxi sem nem lembrar que aquele pagamento da corrida foi feito, é possível ter algum serviço integrado na carteira digital preferida, na corretora ou até em um site de comércio eletrônico com o mesmo visual e experiência sem precisar sair para outro ambiente ou site. As possibilidades extrapolam os bancos e agora estão presentes em wallets, fintechs, startups e atendem a heterogeneidade das necessidades dos clientes.

 

O banco fornecedor passa a ser um viabilizador nesse novo ecossistema digital e o usuário nem chega a saber sobre o processo, pois tem toda segurança de que a instituição financeira segue a regulação bancária prevista e esta é parceira da plataforma que o consumidor utiliza. Essa evolução na experiência dos clientes faz a diferença na vida das pessoas, tornando viável e ampliando o acesso a soluções financeiras para qualquer brasileiro.

 

Com esse propósito de servir mesmo sem ser visto, podemos dizer que há um impacto real e uma contribuição efetiva para ampliar a qualidade de serviços digitais de várias outras empresas, inclusive outros bancos que não precisam desenvolver os produtos oferecidos por uma plataforma de BaaS. Nesta abordagem, é necessário atingir alta performance em transações financeiras, qualidade e precisão dos dados e agilidade na oferta de serviços que toda empresa precisa para prosperar na era digital.

 

A fidelização dos clientes ganha força com o BaaS uma vez que a experiência passa a ser muito mais valorizada e fluida. Com a integração de serviços financeiros em aplicativos diversos, criam-se oportunidades e mina-se a fricção e a experimentação para outros concorrentes. Nesse contexto, as discussões sobre cliente no centro e experiência do usuário estão totalmente em linha com a proposta de valor do Banking as a Service.

 

E em um contexto de avanço do PIX e Open Finance, a oferta de APIs cresce e possibilita a criação de novos subprodutos advindos dessas soluções. O acesso às informações previamente concedidas pelos consumidores unida à democratização do crédito também trará soluções mais adequadas às necessidades dos clientes, gerando benefícios e vantagens em qualquer ecossistema digital de preferência.

 

O futuro é promissor, mas o presente já é uma revolução. Levar os produtos do banco a qualquer outra empresa para melhor servir seus clientes, com uma abordagem aberta, colaborativa, de eficiência e sem medo de atender até mesmo aquela pessoa que não é cliente, é disruptivo. Isso seria impensável há poucos anos. É uma maneira de entregar valor para o mercado como uma mola propulsora que viabiliza e acelera todo tipo de negócio com banking embarcado.

 

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Marcos Ferrari é presidente executivo da Conexis Brasil Digital

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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