BitMart: vítimas do ataque de R$ 1 bilhão não foram reembolsadas
Tecmundo
Decorrido mais de um mês do hack de US$ 200 milhões, o equivalente a mais de R$ 1 bilhão, ocorrido na plataforma de negociação de criptomoedas BitMart, alguns usuários ainda não recuperaram o seu dinheiro, mesmo com reiteradas promessas da organização global de que reembolsaria as vítimas. A informação, prestada sexta-feira (7) pela emissora CNBC, detalhou a experiência desastrosa de um refugiado iraniano.
De acordo com a reportagem, esse investidor afirmou ter guardado um valor de US$ 53 mil (R$ 300 mil) em SafeMoon no BitMart. Desse total, US$ 40 mil são de um empréstimo contraído pelo iraniano para aproveitar o preço extremamente baixo da moeda na época de seu lançamento. Outro investidor, do Kansas, afirmou ter perdido US$ 35 mil (R$ 198 mil), e prometeu entrar com uma ação coletiva, com mais 6,8 mil pessoas, contra a BitMart.
E o que diz a BitMart?
Logo após a avaliação do ataque hacker à BitMart, a empresa de análise de dados e segurança de blockchain Peckshield afirmou que o SafeMoon foi um dos protocolos mais atingidos. Agora, os donos da criptomoeda, que experimentou uma enorme valorização em 2021, estão exigindo a devolução urgente do seu dinheiro pela única forma que encontraram para demandar: o Twitter, através da hashtag #WenBitMart.
De acordo com a CNBC, alguns desses usuários tem obtidos respostas evasivas da BitMart quando tentam consultar o status atual de seus fundos. A reportagem alertou para o fato de que, embora a exchange possa comprar todos os tokens roubados de volta, certamente o valor seria bem mais alto.
Para obter esclarecimentos, inclusive sobre o uso de algum tipo de seguro para compensar as vítimas, a emissora norte-americana procurou a BitMart, que não se manifestou.