Bored Ape: imitadores vendiam NFTs espelhados no OpenSea
Tecmundo
Uma das coleções de tokens não fungíveis (NFTs) mais caras do mundo – a Bored Ape Yacht Club (ou BAYC) – foi espelhada por dois projetos paralelos, chamados PHAYC e Phunky Ape Yacht Club (ou PAYC). Após uma verdadeira guerra entre as duas novas famílias “genéricas” de macacos, o mercado de produtos digitais OpenSea optou por banir ambas, por infringir as regras de direitos autorais.
O BAYC original é uma coleção NFT de 10 mil avatares de macacos cujos desenhos foram inspirados na trilogia de filmes Planeta dos Macacos. Criados pela Yuga Labs, todos os símios se esgotaram poucos dias após seu lançamento, atingindo o preço médio de US$ 200 (R$ 1,1 mil) cada e um faturamento total de US$ 24,3 milhões, o equivalente a R$ 135 milhões.
No entanto, devido ao sucesso, é comum que os lineups do NFT copiem os estilos artísticos entre si e até usem nomes parecidos, o que tecnicamente está acessível para qualquer pessoa. Dessa forma, PAYC e PHAYC simplesmente inverteram as imagens originais dos avatares do BAYC, voltando seus rostos para a esquerda. Depois, associaram as cópias a tokens de criptomoedas e passaram a revendê-los.
A guerra entre PAYC e PHAYC
Os macacos do PHAYC olham para a direita. (Fonte: Rarible/Divulgação.)
O PAYC foi lançado no começo de dezembro como uma proposta contestadora baseada no CryptoPhunks (que é um plágio dos famosos CryptoPunks). A ideia era zoar os compradores ricos dos macacos originais, lançando-os a princípio de graça, e depois por uma taxa de 0,042 ETH (cerca de R$ 850). Já o PHAYC tem uma pegada irônica, oferece um token sem adesão e tem uma visão satírica do mercado de NFTs.
Desde então, PAYC e PHAYC passaram a disputar no Twitter quem é o verdadeiro ripoff do BAYC. Apesar disso, os dois projetos podem estar infringindo a lei. Dessa forma, o Yuga Labs, que detém os direitos autorais do Bored Ape Yacht Club, poderia teoricamente entrar com uma ação legal contra ambos os copycats.