Brasil registrou um celular furtado ou roubado por minuto em 2021
Tecmundo
Em 2021, o Brasil teve 847,3 mil registros de celulares roubados ou furtados, o que representa mais de 2,3 mil telefones levados por criminosos a cada 24 horas, em todo o país, e 1,6 aparelho subtraído por minuto. Os dados, divulgados nesta terça-feira (28), fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022.
O número é ligeiramente maior que o registrado em 2020, quando 825,9 mil smartphones foram roubados ou furtados no país, representando um aumento de 1,8% na taxa de roubos e furtos de telefones a cada 100 mil habitantes. A maior quantidade de casos aconteceu em São Paulo, com 289.461 registros deste tipo de crime (34% do índice nacional).
Segundo o relatório, o aumento tem a ver com a “digitalização das finanças, de serviços e do comércio”, que cresceu durante a pandemia do novo coronavírus. Cada vez mais utilizado para transferências, pagamentos e compras, armazenando diversos dados bancários, o smartphone se tornou um alvo interessante para os bandidos.
Os criminosos estão atrás dos dados financeiros armazenados no celular.
Por este mesmo motivo, os registros do ano passado foram menores que os índices de 2018 (995,3 mil) e 2019 (1,05 milhão), antes da pandemia. Ou seja, o isolamento social em decorrência da crise sanitária provocada pela covid-19 teria levado à queda da quantidade de furtos e roubos de celulares.
Crimes virtuais dispararam
Na edição 2022 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública também destacou uma disparada em relação à quantidade de casos de estelionato. Houve 1,3 milhão de registros ao longo do ano de 2021, em todo o país.
Isso significa um aumento considerável de 179,9% na taxa para cada 100 mil habitantes, conforme os pesquisadores, na comparação com 2018. A alta também foi significativa de 2020 para 2021, quando se registrou um crescimento de 36,3% neste tipo de crime.
Do total referente a 2021, mais de 60,5 mil casos foram de estelionato por fraude eletrônica, crime que passou a ser tipificado em maio do ano passado. Em meio aos registros, estão situações nas quais a vítima é induzida a transferir valores, contas acessadas indevidamente em celulares roubados, compras ou empréstimos feitos em nome de terceiros, sem autorização, e golpes do Pix.