Carros voadores: estudo prevê 100 rotas aéreas no Rio até 2035
Tecmundo
A cidade do Rio de Janeiro deverá contar com pelo menos 100 rotas aéreas para “carros voadores elétricos” até 2035, possibilitando transportar 4,5 milhões de pessoas a cada ano. É o que prevê a Embraer, de acordo com comunicado divulgado nessa quarta-feira (4).
Os detalhes sobre o transporte alternativo com as aeronaves de pouso e decolagem vertical (eVTOLs) na capital fluminense estão no “Conceito de Operações para o mercado futuro de Mobilidade Aérea Urbana”, elaborado pela Eve. A subsidiária da fabricante de aviões já desenvolveu estudos semelhantes para Londres (Reino Unido) e Melbourne (Austrália).
Segundo a empresa do grupo Embraer, os carros voadores deverão ser utilizados, a princípio, para transportar passageiros entre os bairros e o Aeroporto Internacional Tom Jobim. As viagens utilizando tais veículos devem começar a ganhar destaque nos próximos cinco anos, conforme o documento, chegando a operar com 245 eVTOLs em 2035.
O serviço de táxi aéreo com carros voadores atenderá vários bairros do Rio.
Até lá, devem ser construídos 37 pontos para embarque e desembarque das aeronaves (vertiportos). O próprio Aeroporto do Galeão e o Centro Empresarial Henrique Simonsen, na Barra da Tijuca, serão os dois primeiros locais a receber as estruturas.
Benefícios e desafios
Fugir dos engarrafamentos e chegar rapidamente ao destino é uma das vantagens dos carros voadores elétricos da Embraer. O levantamento aponta ser possível economizar até 75 minutos utilizando o transporte alternativo entre o aeroporto e bairros como Barra da Tijuca, Copacabana e Centro.
A empresa destacou ainda a possibilidade de criar rotas como Centro-Niterói, Barra-Recreio, Barra-Copacabana e Copacabana-Niterói, solicitando a viagem via aplicativo, de forma semelhante a pedir um Uber. Mas ainda há alguns desafios a serem superados, como o transporte de bagagens grandes e pets.
O estudo indica que este novo serviço de táxi aéreo deve gerar uma receita anual de US$ 220 milhões, o equivalente a mais de R$ 1 bilhão pela cotação atual.