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Certificados falsos de vacina da covid-19 são vendidos no Telegram
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Certificados falsos de vacina da covid-19 são vendidos no Telegram

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Tecmundo
12/08/2021 17h17
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A empresa de cibersegurança Check Point Security detectou uma nova atividade ilegal envolvendo o mensageiro Telegram. De acordo com um relatório da companhia, grupos estão usando a plataforma para comercializar falsos certificados de vacinação contra a covid-19.

O documento, que já é utilizado em países da União Europeia e nos Estados Unidos, comprova que a pessoa em questão foi imunizada contra o novo coronavírus. Ele pode ser uma exigência para viagens a alguns países ou até entrada em estabelecimentos, dependendo da região.

A oferta de confecção e venda do documento no mensageiroA oferta de confecção e venda do documento no mensageiro

Os certificados são criados com base em cada solicitação, já que é necessário preencher algumas informações pessoais no template do documento. As ofertas no Telegram teriam aumentado em 257%, com mais de 2.500 grupos abertos com essa finalidade — alguns com mais de 450 mil participantes, entre compradores e falsificadores.

O monitoramento da Check Point identificou fraudes que garantem o documento para uso nos Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Paquistão, Holanda, Itália, Grécia, Indonésia, França e outras localidades. Até o momento, países europeus são os mais procurados pelos interessados.

Alguns dos documentos falsos criados pelos falsificadoresAlguns dos documentos falsos criados pelos falsificadores

Os anúncios publicados no mensageiro atraem pessoas que não querem receber a vacina. Além do certificado, alguns grupos geram também resultados negativos de covid-19 na modalidade PCR — outra exigência em algumas regiões. O pagamento é normalmente feito via transferência direta no PayPal, cartões-presente em lojas virtuais ou até criptomoedas, com o valor girando em torno de US$ 100.

Por que isso é perigoso?

Há ao menos dois pontos de preocupação no relatório da Check Point. O primeiro é a segurança digital dos compradores: ao buscar um desses serviços, você pode acabar sendo vítima de um golpe virtual, já que está repassando informações pessoais a indivíduos que realizam práticas ilegais diversas.

A segunda questão é o crime da própria atividade: forjar um documento oficial é crime e, caso uma autoridade decida conferir se o certificado é verdadeiro, rapidamente não vai conseguir validar os seus dados com a base do sistema de saúde em questão.

Além disso, durante a pandemia, fingir que está imunizado ou divulgar causas antivacina prejudica o combate à covid-19 — a quantidade cada vez maior de vacinados é um dos fatores que reduz o espalhamento do vírus e diminui também a incidência de casos leves ou graves na população.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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