Cigarros eletrônicos da marca Juul são banidos nos EUA
Tecmundo
Nesta quinta-feira (23), a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) ordenou que a fabricante de cigarros eletrônicos Juul acabe com as vendas dos produtos nos sabores tabaco e mentol. A empresa é considerada uma das culpadas pela epidemia do uso de vaporizadores entre os jovens nos Estados Unidos.
O órgão norte-americano publicou uma nota e proibiu a startup do Vale do Silício de continuar vendendo dispositivos e cartuchos pré-carregados de cigarro eletrônico nos sabores mentol e tabaco. Além disso, a Juul deve recolher todos os produtos citados que já estão à venda no mercado.
A companhia até fez um pedido para continuar vendendo no país, mas a FDA negou os pedidos como parte de uma campanha dos reguladores dos Estados Unidos. Eles estão tentando garantir que os cigarros eletrônicos sejam usados por adultos que desejam parar de fumar, e não por jovens que ainda não tem idade para usar o produto.
O FDA deve proibir outras empresas em breve, contudo, a Juul foi a primeira da lista
“A ação de hoje é mais um progresso no compromisso da FDA de garantir que todos os produtos de cigarro eletrônico e sistema eletrônico de entrega de nicotina atualmente sendo comercializados para os consumidores atendam aos nossos padrões de saúde pública”, disse o comissário da agência, Robert M. Califf, em comunicado no site oficial.
Malefícios do cigarro eletrônico
Segundo a agência reguladora, a empresa não divulga evidências suficientes sobre o perfil toxicológico dos produtos e, apenas assim, a comercialização seria apropriada. Ou seja, apesar de não citar nenhum caso sério sugerindo o risco dos produtos, a FDA não tem evidências suficientes para avaliar quão arriscado é o uso.
A Juul começou a ser notada pelos órgãos reguladores em 2018, quando dados alertaram que muitos adolescentes estavam usando vaporizadores. Na época, o comissário Scott Gottlieb, da FDA, culpou a empresa publicamente pela epidemia de cigarros eletrônicos entre o público juvenil.
De acordo com alguns estudos, os cigarros eletrônicos contém substâncias tóxicas, além da nicotina, e o uso contínuo pode contribuir para doenças respiratórias, câncer, dermatite, entre outros problemas de saúde.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada no Brasil em 2019, cerca de 13% dos estudantes entre 13 e 15 anos já experimentaram um cigarro eletrônico e entre os alunos de 16 e 17 anos o número aumenta para quase 23%.