CoronaVac não deve ser usada em 2022 no Brasil, diz Ministério da Saúde
Tecmundo
Após imunizar todos os profissionais de saúde no início da campanha de vacinação, e ser considerada "a vacina do Brasil" por ser fabricada no Instituto Butantan de São Paulo, a chinesa CoronaVac deverá ter seu uso descontinuado no Brasil na campanha de vacinação de 2022. Segundo o Ministério da Saúde, os motivos são a ausência de registro definitivo na Anvisa e a "baixa efetividade" na população acima de 80 anos.
O anúncio foi feito na quinta-feira (7) em um documento enviado pela pasta à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, em resposta a um pedido de informações protocolado na terça-feira (5). Entre as diversas questões feitas oficialmente pela CPI, havia um pedido de justificativa para a descontinuidade do uso da CoronaVac em 2022, como noticiado em alguns veículos de imprensa.
Oficializada agora no documento enviado à CPI, a posição do Ministério da Saúde é de que, "além do fato de estudos demonstrarem a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos", a Câmara Técnica do ministério não indicou o imunizante como dose de reforço ou adicional, ficando a CoronaVac restrita à vacinação primária em indivíduos acima de 18 anos.
A CoronaVac é segura?
Embalagem da vacina CoronaVac
“Toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança”, diz o portal da Fiocruz. Isso quer dizer que nenhuma das vacinas contra a covid-19 em uso são experimentais. Além disso, todas elas foram autorizadas pela Anvisa, que é a agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde.
Quanto à efetividade da CoronaVac, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha avaliado seus resultados como inferiores em comparações internacionais de imunizantes, jamais questionou sua eficácia ou segurança. Tanto que a principal agência mundial em questões médicas e de saúde já chancelou a vacina fabricada pela Sinovac Biotech na rede de distribuição global de imunizantes.
O Instituto Butantan, que fabrica a CoronaVac no Brasil, a partir do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) fornecido pelo laboratório chinês, afirma em nota que "a informação [da baixa efetividade em idosos] é equivocada, já que todas as pessoas idosas têm resposta imune inferior a outras faixas etárias."