Criador da dogecoin afirma que criptomoedas são um golpe
Tecmundo
O criador da dogecoin, Jackson Palmer, afirmou no Twitter, na última quarta (14), que não participará mais de discussões públicas sobre o mundo das criptomoedas. Apesar da suposta “descentralização”, Palmer afirma que as moedas digitais são controladas por um cartel de ricos vinculados ao sistema financeiro tradicional.
“Depois de anos estudando isso, acredito que a criptomoeda é uma tecnologia hipercapitalista de direita construída para amplificar a riqueza de seus proponentes por meio de uma combinação de evasão fiscal, supervisão regulatória reduzida e escassez artificialmente aplicada”, tuitou Palmer.
Todas as moedas digitais são controladas por um cartel de ricos ligados ao sistema financeiro tradicional, aponta Palmer. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
Em sua avaliação, as moedas digitais como Bitcoin e Etherum seriam um golpe semelhante ao esquema Ponzi, uma pirâmide financeira com o objetivo único de que os ricos ampliem as suas riquezas, enquanto os investidores mais vulneráveis são expostos aos maiores riscos.
“A exploração financeira sem dúvida já existia, mas a criptomoeda é quase criada com o propósito de tornar o funil de lucro mais eficiente para os que estão no topo e menos protegido para os vulneráveis”, conclui.
O outro criador da dogecoin, Billy Markus, republicou os tweets de Palmer e afirmou que “seus pontos são geralmente válidos”. No entanto, Markus ponderou que a criptografia é apenas uma ferramenta que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal.
Os programadores Billy Markus e Jackson Palmer criaram a dogecoin no final de 2013, utilizando um meme popular. Em 2021, a criptomoeda deixou de ser brincadeira quando valorizou mais de 5.000% e se tornou a quinta maior moeda digital do mercado.
Enquanto entusiastas como Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, consideram a dogecoin a sua criptomoeda favorita, ambos os criadores se afastaram da administração da moeda digital há alguns anos. Palmer, inclusive, disse que doou todos os seus rendimentos para instituições de caridade.