Desabamento no Metrô abre cratera e interdita pistas em São Paulo
Tecmundo
Um desabamento na manhã desta terça-feira (01) abriu uma cratera nas obras do Metrô da Linha 6-Laranja, na Zona Norte de São Paulo (Capital). O acidente aconteceu por volta das 9h e apesar de não deixar nenhum ferido, causou uma interdição total da Marginal Tietê no sentido rodovia Ayrton Senna.
José Galli, secretário dos Transportes Metropolitanos da capital paulista, explicou que a situação foi gerada após o vazamento de uma galeria de esgoto. O secretário pontuou que o solo cedeu porque provavelmente não aguentou o peso da galeria.
Imagens gravadas no local mostram a água tomando conta da cratera onde as obras estavam acontecendo. Segundo o Corpo de Bombeiros, dois funcionários que trabalhavam no local e tiveram contato com a água foram socorridos sem ferimentos.
Por causa das interrupções no trânsito, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) publicou um comunicado informando que o rodízio de carros na cidade de São Paulo foi suspenso nesta terça-feira.
Os detalhes que causaram o acidente ainda serão investigados através de uma auditoria, segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos.
O tatuzão causou o acidente?
O “tatuzão”, que é a máquina de cavar o solo utilizada pelos profissionais do metrô, estava próximo do local do incidente. O maquinário chegou a ser apontado inicialmente como uma das possíveis causas do acidente, já que ele poderia ter atingido a tubulação e ocasionado o vazamento.
A possibilidade foi negada pelo secretário José Galli, que reiterou que o tatuzão não chegou a atingir a tubulação. “Houve o rompimento da galeria [de esgoto] que passa no sentido transversal ao túnel e houve o início de vazamento às 8h21. O solo não aguentou. A tuneladora [tatuzão] passava a 3 metros desta galeria, portanto não houve um impacto da tuneladora com a galeria”, informou Galli.
O tatuzão é construído por empresas estrangeiras
O tatuzão tem como nome original Tunnel Boring Machine (TBM), que chega a levar mais de 2 anos para ser construído. De acordo com a OEC, empresa que utiliza a tecnologia, ele perfura de 10 a 14 metros por dia, em média.
O tatuzão, que também tem uma versão utilizada nas obras do metrô do Rio de Janeiro, por exemplo, geralmente é composto por elementos como uma couraça (parte da frente que cava o túnel e tem discos e lâminas), cabine de comando (onde os profissionais conseguem controlar a máquina gigante) e esteira para remoção da terra.
O TMB utilizado nas obras da linha 4 do metrô carioca chega a 120 metros de comprimento, sendo considerada a maior da América Latina.