Facebook vai reduzir conteúdo político no feed da rede social
Tecmundo
Os testes relacionados à redução de conteúdos políticos exibidos no Feed de notícias, iniciados pelo Facebook em fevereiro, serão expandidos para mais países, conforme anunciou a rede social nesta terça-feira (31). As avaliações começaram com uma pequena base de usuários selecionados nos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Indonésia.
Segundo a plataforma, os testes iniciais mostraram resultados positivos e, com base no feedback de quem participou da avaliação, a empresa resolveu levar a mudança para outras regiões. Dessa forma, grupos de usuários da Costa Rica, Espanha, Suécia e Irlanda também poderão ver menos conteúdos relacionados à política em seu feed, em breve.
Ao Engadget, um porta-voz do Facebook disse que pesquisas mostraram algumas pessoas incomodadas com a grande quantidade de postagens de cunho político exibidas na timeline. De acordo com o representante da empresa, as atualizações devem mudar isso, mas sem afetar a capacidade de encontrar e interagir com tais tipos de materiais.
O algoritmo de classificação de posts da plataforma passará por mudanças.
Já a Diretora de Gestão de Produtos do Facebook Aastha Gupta comentou, no blog da empresa, que determinados sinais de engajamento indicam melhor quais postagens são consideradas mais valiosas ou interessantes. Ela explicou que este comportamento diferenciado será utilizado para classificar os posts mais relevantes em exibição no feed.
Impactos da mudança
A redução na exibição desse tipo de postagens pode diminuir a temperatura das discussões online e ajudar a combater a desinformação. No entanto, a mudança também significa um golpe no tráfego para produtores de conteúdos que usam a rede social para atrair audiência a seus sites, principalmente os especializados em política.
Gupta afirmou que o Facebook está ciente dos impactos que a alteração causará nessas empresas e também nas campanhas políticas. Diante disso, ela revelou que a plataforma planeja implementar os testes de “forma gradual e metódica”, mas não descartou uma nova ampliação da atualização nos próximos meses.