“Faraó dos bitcoins”: nova investigação apura pirâmide financeira
Tecmundo
Glaidson Acácio do Santos, conhecido como “faraó dos bitcoins”, e sua quadrilha são alvos de uma nova apuração criminal, revelada pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, no último domingo (6). A Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro do Rio de Janeiro investiga a atuação do grupo por pirâmide financeira.
A GAS Consultoria e Tecnologia, empresa do “faraó”, prometia ganhos de 10% ao mês, supostamente em investimentos em bitcoins, sobre um aporte inicial mínimo de R$ 10 mil. Entretanto, a polícia civil acredita que a remuneração tinha origem nos recursos investidos por outros clientes, configurando o golpe. Segundo o inquérito policial, o ex-garçom depositava o dinheiro das vítimas direto nas contas bancárias controladas pela quadrilha.
De acordo com entrevista do delegado Leonardo Borges, apesar de a empresa informar que os recursos eram aplicados na maior corretora de criptoativos do mundo, a GAS não possuía uma conta aberta que possibilitava essas operações.
Prisões e fuga
Mulher e sócia do "faraó dos bitcoins" sacou R$ 1 bilhão em criptoativos e fugiu do país, aponta MPF. (Fonte: G1/Reprodução)
Glaidson, que é apontado como líder do esquema, foi preso no último dia 25 de agosto, durante a Operação Kryptos da Polícia Federal, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal e a Procuradoria da Fazenda Nacional.
Dois mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão foram expedidos. Também foram presos Tunái Pereira Lima, apontado como coordenador dos promotores de vendas, e Vicente Gadelha Rocha Neto, sócio de uma empresa beneficiada com cerca de R$ 28 milhões pela GAS Consultoria.
A venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, mulher e sócia de Glaidson, sacou cerca de 4.330 bitcoins estimados em R$ 1 bilhão e fugiu para os Estados Unidos, segundo o MPF. A suspeita de participar no golpe de pirâmide está sendo procurada pela Interpol.