Fortnite e Yahoo deixam de funcionar na China
Tecmundo
Menos de um mês após o LinkedIn anunciar o encerramento das suas atividades na China, mais duas grandes empresas de tecnologia fazem o mesmo. Nesta terça-feira (2), a Epic Games confirmou a descontinuação do jogo Fortnite no mercado chinês, quase ao mesmo tempo em que o Yahoo divulgava sua saída do país.
Em ambos os casos, as decisões foram motivadas por medidas rígidas impostas pelo governo chinês nos últimos meses, como forma de aumentar o controle sobre a economia. As novas regras atingiram em cheio o setor tecnológico.
No caso dos videogames, os títulos precisam passar por um complicado processo de aprovação antes do lançamento, geralmente enfrentando uma forte censura. Além disso, as autoridades locais começaram a limitar o tempo em que menores de 18 anos passam jogando online (3 horas por semana).
Gamers chineses lamentaram a descontinuação de Fortnite no país.
Segundo a Epic Games, a saída de Fortnite da China será finalizada no dia 15 de novembro, quando acontecerá o desligamento dos servidores no país. Porém, a plataforma não aceita mais cadastros de novos jogadores desde ontem (1º).
Yahoo segue o mesmo caminho
O encerramento das atividades do Yahoo na China aconteceu nessa segunda-feira (1º), quando o conhecido serviço de buscas ficou indisponível para os internautas locais. Lançada no país em 1999, a plataforma chegou ao gigante asiático em uma época na qual a internet não era muito difundida por lá, situação bem diferente da atual.
Depois de um início promissor, a empresa começou a reduzir sua presença no mercado chinês em 2013, quando parte dos serviços deixaram de ser oferecidos aos chineses, incluindo as plataformas de e-mail gratuito e notícias. Dois anos depois, a companhia fechou seu escritório em Pequim, demitindo aproximadamente 300 funcionários.
O Yahoo vinha reduzindo suas atividades no país há alguns anos.
Em comunicado, o Yahoo justificou a saída definitiva da China mencionando um "ambiente jurídico e de negócios cada vez mais difícil no país". O grupo também disse continuar comprometido com uma "internet livre e aberta".
Por conta das exigências da administração de Pequim, várias outras plataformas não funcionam no país asiático. Além do Google, são bloqueados por lá redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter, além do YouTube e a Wikipedia.