Hackers bloqueiam sistema de vacinação na Itália e pedem Bitcoin
Tecmundo
A vacinação contra covid-19 na região do Lácio, uma das mais populosas da Itália e onde fica a capital Roma, teve que ser interrompida após um ataque cibernético iniciado no domingo (1º). A campanha teve como alvo os sistemas de informática do governo regional, afetando o banco de dados da empresa que realiza o agendamento da imunização.
Considerado pelas autoridades do país o pior ataque online já feito contra uma administração pública italiana, o evento resultou no bloqueio a todas as atividades do sistema, incluindo o centro de reservas de vacinas contra o novo coronavírus. O programa malicioso utilizado na campanha seria o ransomware CryptoLocker.
De acordo com a CNN, os cibercriminosos teriam usado um perfil de administrador para criptografar os arquivos e pedir um grande resgate em bitcoin. No entanto, o governador do Lácio Nicola Zingaretti disse que não abrirá nenhuma negociação com os responsáveis pela campanha.
Os agendamentos para vacinação já realizados não foram afetados.
O conselheiro regional de saúde Alessio D’Amato afirmou que os mais de 500 mil agendamentos para vacinar até o próximo dia 13, já realizados, não foram afetados, assim como as cirurgias e internações em hospitais da área. Mas as novas reservas não estão sendo recebidas no momento, o que pode levar a um atraso na vacinação.
Dados foram preservados
A polícia italiana e a promotoria de Roma abriram investigações sobre o caso, na tentativa de identificar a autoria. O que se sabe até o momento é que o ataque provavelmente partiu de outro país, mas ainda não foi possível determinar com exatidão a origem.
Também foi informado que os dados sigilosos de saúde dos cidadãos, incluindo as informações sobre o presidente italiano Sergio Mattarella e o primeiro-ministro Mario Draghi, estão intactos. Os técnicos do governo trabalham, no momento, para tentar restabelecer o acesso normal ao sistema e prevenir novos ataques.