Jogamos Company of Heroes 3 e a expectativa é a melhor possível
Tecmundo
Durante muitos anos fui um jogador de console. Aos poucos, me tornei um apaixonado por jogos de estratégia em tempo real. Acreditem se quiser, mas o jogo que virou minha chave, foi Company of Heroes.
Primeiro, por ser um apaixonado por jogos de guerra. Segundo, porque eu sempre quis desbravar o mundo dos jogos de PCs. CoH foi um verdadeiro convite ao prazer, em 2006. A dupla feita entre Relic Entertainment e THQ foi certeira e atingiu este que vos escreve.
Sete anos depois, saiu a continuação do aclamado jogo de estratégia em tempo real de guerra, desta vez, em parceria entre a Relic Entertainment e a SEGA. Não poderia ser diferente. O jogo marcou época, mesmo alterando um pouco do que foi encontrado no seu antecessor.
Agora, oito anos depois, nos surpreendemos com a continuação da aclamada série e novamente com a Sega por trás do título. Company of Heroes 3 acaba de ser anunciado e tem tudo para agradar em cheio os apaixonados pela franquia.
No fim do mês de junho, eu tive a oportunidade de participar do período de testes da versão pré-Alpha do game. Posso dizer com alguma certeza que ele novamente fará sucesso.
Só o fato de termos uma continuação do game já nos faz ficar esperançosos de um título de qualidade. São oito anos de hiato e o mercado de games de estratégia cresceu absurdamente, além de evoluir significativamente.
Um dos fatores que mais me impressionaram em CoH3 foi o gráfico. Nos jogos anteriores sempre existia aquela dificuldade em diferenciar o que acontecia nas batalhas. A Relic absorveu muito bem o potencial artístico dos seus talentos para criar cenários maravilhosos e unidades de combate muito diferentes umas das outras.
As sombras e explosões ainda devem receber um polimento intenso, mas já destoam e trazem uma realidade magnífica. Ainda não foi possível jogar em 4k, mas deu para perceber o excelente trabalho feito em 1080p. O mesmo pode ser escrito sobre a trilha sonora. Tiros, foguetes, movimentação, vozes e veículos estão fiéis à realidade, aumentando ainda mais a imersão.
O trailer é praticamente um filme de tão bem feito. Tive a impressão de revisitar películas grandiosas, como "Círculo de Fogo" e "O Resgate do Soldado Ryan". Os personagens possuem vida e a intensidade da guerra está presente em cada segundo do vídeo.
Um dos pilares de Company of Heroes 3 é trazer uma aventura diferente da retratada na maioria dos jogos de guerra. As incursões serão realizadas na parte mediterrânea da Itália e principalmente no norte da África. É notável ver as residências costeiras italianas muito bem representadas e a utilização correta das paletas de cores do deserto africano.
Ainda é muito cedo para falar do gameplay, mas percebemos mudanças que vão agradar os jogadores. É mais fácil perceber os efeitos de um ataque pelo flanco ou a utilização da cobertura para se proteger. Ganha destaque também a combinação de unidades e uma nova mecânica de destruição.
Tudo pode ir pelos ares. Veículos, aviões, pontes, construções e proteções. Vocês lembram quando Battlefield inseriu o quesito de destruição de cenários? A sensação que eu tive na época foi a mesma de agora.
Nos jogos anteriores, por mais que fosse possível fugir um pouco de certos caminhos, eles não eram muito alterados. A desenvolvedora resolveu criar um estilo sandbox, dando uma liberdade ainda maior aos jogadores traçarem uma estratégia no campo de batalha.
Como um apreciador de jogos 4x, é louvável ver a inserção desta experiência dentro do gameplay, como forma de inserir ainda mais o jogador em um contexto. Era algo que eu sentia falta. Chamado de Dynamic Campaign Map, a imersão junto ao contexto de jogo aumentou consideravelmente e deu ainda mais vida para os seus objetivos de batalha.
Pode ser a conquista de um aeroporto, ou então saber como estão as regiões controladas por você, ou por seus inimigos. Não se assustem. O jogo continua tendo o seu foco no RTS, mas ver o jogo ganhando vida e se desenvolvendo em outros campos é louvável.
CoH3 traz um mapa de campanha dinâmico. Segundo a desenvolvedora, cada jogo será diferente do outro, fazendo com que o fator replay aumente consideravelmente. O game será muito convidativo aos mais inexperientes, fazendo com que cada jogador acelere o jogo da forma que desejar.
Isto será possível devido a um ingrediente muito comum na série Total War, o chamado Full Tactical Pause. Desta forma o jogador consegue pausar o jogo a hora que quiser e criar um destino prévio para suas tropas.
Além de ser mais convidativo aos jogadores mais casuais, este artifício elevará o nível de combate de forma assustadora para os mais experientes e tornará o combate mais enriquecedor.
A empresa promete entregar o triplo de unidades vistas em cada um dos outros dois jogos quando foram lançados, para enriquecer ainda mais a aventura. Também aponta um maior número de mapas no modo multiplayer.
Vale destacar também um dos grandes objetivos da desenvolvedora, de manter em paralelo um canal de comunicação com a comunidade, para tornar a experiência de jogo a mais real possível.
As impressões depois de jogar Company of Heroes 3 foram as melhores possíveis. Temos certeza que o jogo tem tudo para fazer o mesmo sucesso dos seus antecessores.